Nota 10

Das platinelas à Musa da Nação Negra

O concurso musa do carnaval acontece nesta quinta-feira, 14 de novembro, a partir das 22h, na sede da AABB


O tradicional Bairro do Laguinho sempre foi um território de pessoas talentosas, desde Julião Ramos, Raimundo Ladislau e Tia Biló no marabaixo, até os dias de hoje com Francisco Lino da Silva no samba amapaense.

Entre essas fontes de grandes aptidões culturais dentro dos campos do Laguinho temos Joana da Fonseca Ramos Neta, a candidata da Universidade Samba Boêmios do Laguinho no concurso Musa do Carnaval. Seu nome é uma homenagem à sua avó, Joana da Fonseca Ramos, mulher guerreira que por muitos anos desfilou como baiana dentro da agremiação.

Joaninha teve seus primeiros passos dentro de Boêmios do Laguinho aos nove anos de idade, quando compôs o quadro de ritmistas da bateira Pororoca. Tocando chocalho de platinelas, alcançou um de seus maiores sonhos, que era participar da banda base da Universidade de Samba.

Antes disso, aos sete anos, dentro de uma escola de balé, Joana já dava seus primeiros passos, se aperfeiçoando cada vez mais na arte de dançar, levando consigo a técnica do samba, aprimorada na Escolinha de Passistas da Nega Vânia, sua tia.

Dentre outros segmentos da cultura popular, Joana Ramos já conquistou títulos e honrarias de melhor Miss na quadra junina, Rainha do Folclore na toada, diversos festivais de dança e balé pelo estado do Amapá, e hoje, além de Musa da Nação Negra, é integrante da comissão de frente de Boêmios do Laguinho.

Para a Musa da Nação Negra “Boêmios significa uma tradição de família, um amor pela universidade, foi onde cresci desde pequena, acompanhando minha família e desde então comecei a amar o carnaval. Minha família sempre me acompanha em tudo que faço, então desde carnaval, a quadrilha, a Ballet, a toada eles sempre estão comigo, me apoiando, me incentivando e sempre ao meu lado”, finalizou Joana.

Acadêmica do quinto semestre de direito e dançarina profissional, Joana Ramos, a beleza africana do Laguinho, defende as cores do pavilhão vermelho e branco com muito amor, técnica e experiência.

E como tudo no Laguinho acaba em samba e marabaixo, fica o trecho da poesia “Joana Joá” de Fernando Canto cantada pelo Grupo de Pilão, para exaltar a Musa do Carnaval da maior agremiação carnavalesca da Amazônia, Joana Ramos. (Cláudio Rogério – Comunicação – AUSBL)

 

“Mas leva a vida assim mesmo
Joana que o sol virá
Trazendo uma fé guerreira
A quem já sai pra pescar

Coragem, Joana, ao vento
Balança o lenço pro meu amor
Depois fica na esperança
Cantando prece a Nosso Senhor”

 

 

 


Deixe seu comentário


Publicidade