Nota 10

De volta a Macapá, Tom Rodrigues fala das performances com música, poesia e comida

Eclético como um autêntico tucuju, o artista mora há 17 anos no Rio de Janeiro e abre curta temporada em Macapá com o show “Nos braços de mamãe”.


Cleber Barbosa
da Redação

 

Um artista completo, radicado há 17 anos no Rio de Janeiro, mas que não perde sua essência tucuju. Tom Rodrigues é ator, cantor, poeta e cozinheiro – e não chef – e está de volta a Macapá para uma série de apresentações, destacadas por ele em entrevista nesta terça-feira (15) ao programa Café com Notícia, na rádio Diário FM.

 

Ele disse que após uma breve passagem por São Paulo, decidiu morar mesmo no Rio, onde transita muito bem no meio artístico, mas levando as artes genuinamente amazônidas.

 

“Lá eu até comecei cantando samba, mas depois decidi levantar nossa bandeira, então apresento ao público o nosso marabaixo, o carimbó paraense e as coisas da nossa cultura”, disse.

 

Tendo que se reinventar também, durante a pandemia, ele desenhou um projeto, cuja locação é seu apartamento, denominado “Banquete Ancestral”, em que une a poesia, a comida em grandes performances. Uma pessoa de cada vez, a cada três horas, aprende a degustar as maravilhas da gastronomia nortista, num cardápio que pode aliar uma suculenta maniçoba no prato principal e um creme de cupuaçu de sobremesa.

 

Tom explica que há uma grande receptividade por parte do público carioca – e dos gringos que visitam a cidade maravilhosa.

 

“Eles gostam muito, acham a nossa comida exótica, então eu descobri esse macete, de aproveitar essa visibilidade para erguer a minha bandeira, com a arte da nossa ancestralidade e na gastronomia eu costumo dizer que não sou chef de cozinha, eu sou cozinheiro da floresta, é diferente”

 

Agenda

Para a série de apresentações em Macapá, na casa Sankofa, na orla do Araxá, ele batizou o show como “Nos braços de mamãe”, pois é bem isso mesmo a sua volta para casa, onde canta coisas que falam dessa relação de mãe e filhos, uma energia muito boa, uma pegada ritualística, coisas da floresta, seja o Amapá, o Pará e o Amazonas. “Mas eu dou uma fugidinha também vou pro samba também afinal o Rio de Janeiro me acolheu tão bem”, concluiu.


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