Nota 10

Empreendedora amapanese está entre os 50 nomes multiplicadores da criatividade no Brasil pela revista Wired

A marca Zwanga Fashion se destaca pela conexão com a cultura negra.


Luiza Nobre
Da Redação

 

Idealizada pela empreendedora e estilista Rejane Soares, anos, a marca de turbantes e roupas Zwanga African Fashion promove um intercâmbio da moda com a ancestralidade africana. Sendo a primeira marca de vestuário afro no Amapá, as coleções e peças sempre são pautadas na resistência e realidade da população negra local desde 2015.

 

Com produção inteiramente artesanal, a empresa empreende com base no conceito Black Money, ou “dinheiro preto” em tradução direta, que consiste na circulação de recursos e fortalecimento econômico entre pessoas e comunidades racializadas. Atualmente, no Brasil,  mais de 70% da população que vive abaixo da linha da pobreza são pessoas pretas ou pardas, segundo o relatório das Sínteses dos Indicadores Sociais (SIS), do IBGE.

 

“Quando nós falamos de um empreendimento preto, está para além de trabalhar com produto, mas com a história da cultura negra do Amapá, da população negra do Amapá, que é mais de 70% da população. E isso é romper barreiras. Já recebi muitos depoimentos de mulheres negras, que voltaram a estudar ou romperam com a violência doméstica depois de conhecer o trabalho da Zwanga”, pontua Rejane.

 

Dividindo a lista com figuras conhecidas nacionalmente, como a chef gaúcha Helena Rizzo e a cantora paulista Gloria Groove, Rejane Soares está entre os 50 brasileiros multiplicadores com ideias de impacto em diferentes áreas pela revista WIRED, desde o mundo artístico ao mundo dos negócios.

 

A revista WIRED é referência mundial em publicações sobre inovação. De volta ao Brasil em formato digital, a edição especial reúne influenciadores de todas as regiões do país. A publicação virtual está disponível no link: https://wiredfestival.globo.com/Informacoes/noticia/2021/12/wired-50-nomes-multiplicadores-da-criatividade-no-brasil.html

 

“2021 para mim foi um ano muito rico, de plantio e de colheitas. Foi legal perceber que fora do Amapá as pessoas recebem muito bem o trabalho da Zwanga, e de forma positiva, o meu trabalho conta a história de mulheres pretas, periféricas, com dignidade”, conclui a empreendedora.


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