Nota 10

Exposição de baleia-jubarte atrai cerca de 300 pessoas para o Museu Sacaca

A estrutura é formada por mais de 250 peças montadas por profissionais do Iepa; o animal foi encontrado em 2018, próximo ao Arquipélago do Bailique


 

Mais de 300 pessoas estiveram no Museu Sacaca, na quinta-feira, 22, para prestigiar o início da exposição do esqueleto de uma baleia-jubarte, que foi encontrada na foz do Rio Amazonas, em 2018.

 

A estrutura reúne mais de 250 peças montadas por profissionais do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), que coordena o museu.

 

A maloca onde acontece a exposição teve seu interior caracterizado com pintura que traz a temática regional do Rio Amazonas, com peixes de água doce, como o pirarucu e a pirapitinga; já a parte externa, remete às águas do oceano – habitat natural do mamífero, que era um filhote.

 

Para receber os visitantes, as passarelas que dão acesso até ao local da exposição foram reformadas. Por todo o ambiente, há tótens com a história da baleia, processo de montagem do esqueleto, entre outras informações.

 

 

A estreia marca o início da 16ª Primavera dos Museus no Amapá; veja a programação completa aqui. De acordo com o diretor de Pesquisas do Ieap, Allan Kardec, é o primeiro registro do mamífero na região norte e o 4° do país a ser exposto.

 

“Hoje, com orgulho, entregamos para a sociedade amapaense a primeira baleia encontrada na foz do rio Amazonas, lugar onde não se tem indícios de existência desse mamífero”, destacou Allan.

 

O pesquisador também reforçou que a grande estreia precisava ser à noite, pois todo o espetáculo foi iluminado com luzes azuis para que as pessoas pudessem ter a sensação de estar no oceano, o que foi o caso da visitante Katiuscia Pinon, 36 anos, que relatou está encantada toda a apresentação. Ela aproveitou o momento para apresentar o museu à filha, Solares, de 8 anos.

 

“Nunca tinha visto o esqueleto de uma baleia de perto, estou apaixonada por toda a organização. Hoje, quis fazer uma surpresa pra minha filha, e a trouxe para ver o espetáculo e conhecer o museu”, declarou a pedagoga.

 

Durante a estreia, os visitantes também puderam contemplar apresentações artísticas e culturais, como música ao vivo e declamação de poesia regional. A exposição ficará aberta ao público de terça à domingo das 8h às 18h.

 

 

Montagem

A osteomontagem, como se denomina a montagem do esqueleto da baleia-jubarte, foi concluída em 18 dias. Mas, todo o processo iniciou em dezembro de 2018, com o resgate do animal na foz do Rio Amazonas, nas imediações do Arquipélago do Bailique.

 

Em seguida, a baleia foi transportada para Macapá, onde os ossos foram enterrados no Centro de Pesquisas do Iepa durante 8 meses para o processo de decomposição.

 

Após esse período, os ossos foram desenterrados, ficaram armazenados e, em seguida, receberam os devidos tratamentos químicos para que então pudesse ser iniciada a osteomontagem. Uma baleia do tipo pode alcançar até 16 metros e pesar 45 toneladas, a espécie encontrada no Amapá morreu jovem e tinha 11 metros.

 

 


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