Nota 10

Família de Carlos Prado autoriza jornalista a fazer doações de pinturas do artista

Tarefa de Wellington Silva começa na Rádio Diário FM.


Douglas Lima

Da Editoria

O jornalista e historiador Wellington Silva começou, na manhã desta sexta-feira, 31, no programa LuizMeloEntrevista (Rádio Diário 90,9), a fazer doações de obras do artista plástico Carlos Prado, morto recentemente.
Wellington, no programa radiofônico, lembrou a trajetória do grande pintor que se foi, deixando milhares de obras espalhadas pelo mundo inteiro. O jornalista faz as doações das telas de Carlos Prado, autorizado pela família do artista.
Os beneficiários das produções de Prado são jornalistas, escritores, amantes das artes plásticas, colecionadores, autoridades e instituições públicas e privadas, além simples do povo.
Carlos Prado foi embora sem poder realizar um dos maiores sonhos de sua trajetória: pintar e expor duas mil telas na Fortaleza de São José de Macapá. A expô chegou a ser tratada entre o artista e o segmento de cultura do estado, mas não progrediu.
Em entrevista ao próprio jornalista Wellington Silva, Prado, após ter falado no programa ‘É Domingo”, no rádio, apresentado pelo jornalista Douglas Lima, revelou que aos 12 anos de idade despertava para a pintura, “como que num sonho. A inspiração vem e entro numa espécie de transe. Pinto com as mãos e, às vezes, uso muito pouco os pincéis. Também gosto de botar a mão na massa, no cimento, e produzir esculturas sacras gigantes ou em tamanhos naturais”.
Autodidata, Carlos Prado é citado no Livro dos Recordes como o pintor mais rápido do mundo. Sexagenário, pai de 19 filhos e 33 netos, consagrado como cidadão do mundo, suas criações atravessaram as fronteiras do inimaginável.
Inspirado por luzes externas e internas, “os mentores da arte”, como os denomina, são quem o conduziam a uma incrível diversidade de produção. Óleo sobre tela, tintas para paredes empregadas em pinturas sobre compensado, cimento, areia e água, tudo suas mãos transformam a química das tintas e a matéria de construção em arte, a comunicação do belo inimaginável.
Sua paixão pela temática amazônica, os índios, peixes, lagos e rios, a arte marajoara, maracá e cunani, a cerâmica, fauna e flora, tudo era retratado nas telas cuidadosamente trabalhadas pelo artista – pássaros, peixes da Amazônia, figuras impressionistas de índios e totens indígenas.
Somente sobre o Amapá, Carlos Prado fez quatrocentas obras, mostrando a nossa história, ambiente, natureza e arquitetura. O que chama a atenção em algumas de suas produções impressionistas, por exemplo, são os índios. Eles parecem estar vivos, como que a dizer alguma coisa…  “Não queime, não mate e não morra, conserve a Mãe Natureza”, eis a mensagem do artista natural de Santa Catarina que resolveu adotar o Amapá como porto final de suas peregrinações.
Primitivismo, cubismo, impressionismo, expressionismo, abstracionismo, surrealismo, abstrato geométrico… Uma produção impressionante de Carlos Prado está nas mãos de Wellington Silva, para doações.


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