Nota 10

Favela realiza o Projeto Memória Cultural do Marabaixo.

O objetivo do evento é valorizar e homenagear mulheres que têm ou tiveram referências na manutenção das festividades tradicionais dentro do Amapá.


Uma viagem na história através de rodas de conversas, oficinas (cantoria, danças e percussão), lives de marabaixo, homenagens, exposição fotográfica e premiações, serão as principais atividades do projeto “Memória Cultural do Ciclo do Marabaixo no Barracão Tia Gertrudes”.

A formação da ideia tem como referência o Barracão da Tia Gertrudes, na Favela, no centro de Macapá, onde perpassa uma parte da história de Macapá nos aspectos sociais e culturais, e também, onde décadas ocorrem   histórias dos festejos do Ciclo do Marabaixo em louvor à Santíssima Trindade dos Inocentes.

Um dos principais pontos da programação, será o “Prêmio Natalina Costa – Mãos Firmes de um Legado”, que será destinado às mulheres marabaixeiras, que assim como Natalina, deram continuidade nas festas tradicionais do marabaixo.

 

Natalina Costa – Mãos firmes de um legado

Neta de negros que foram escravizados e filha de Gertrudes Saturnino e Raimundo Pereira da Silva, Maria Natalina Silva da Costa, nascida no Amapá em 27 de fevereiro de 1932, foi criada somente por sua mãe.

Construiu sua história com treze filhos, enfrentando na época o preconceito presente na sociedade brasileira, lutando contra o racismo e rompendo barreiras em busca de espaços para as mulheres.

Natalina herdou de sua mãe, o espirito de luta e de liderança, dedicando-se a manutenção das tradições e dos ritos de origem africana, participando ativamente do carnaval, dos ritos aos orixás e principalmente da cultura afro amapaense do batuque e marabaixo.

Seu amor pelo marabaixo foi tão forte, que a ela os poetas Val Milhomem e Joãzinho Gomes renderam homenagens na música “Mão de Couro” – “Natalina falou, gengibirra não é mole não” e ainda em 2008, foi enredo carnavalesco do Bloco Gaviões da BR.

Natalina Costa nos deixa em 09 de dezembro de 2017, e sem dúvidas, enraizou em nosso chão o legado de uma mulher aguerrida, referência do Marabaixo da Favela e uma das maiores incentivadoras daqueles que trabalham na solidificação da cultura afro-amapaense, no contexto da sociedade.

Programação

O evento inicia no dia 20 de abril, com atividades até o dia 19 de junho, e será realizado em transmissões ao vivo pelas redes sociais do Instituto Tarumã e da Associação Cultural Berço das Tradições Amapaense – Berço do Marabaixo, organizadores e executores do evento.

O projeto foi contemplado através da Lei Audi Blanc através do Governo Federal e Secretaria de Estado da Cultura.

 

Comunicação

Cláudio Rogério 99141-8420


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