Helder Brandão lança livro sobre identidades e memórias afro amapaenses
Na obra, cantor e compositor dança com a memória e escreve com o ritmo ancestral do Batuque

Douglas Lima
Editor
Os que gostam de música e literatura podem agendar para o próximo dia 16, sábado, na Escola Cândido Portinari, o lançamento do livro ‘Identidades e memórias afro amapaenses na performance cultural do Raízes do Bolão’, assinado pelo cantor e compositor Helder Brandão, que agora também entra no clube dos imortais.
No programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9), na manhã desta terça-feira, 12, o artista anunciou o lançamento da obra com a explicação de que ela foi elaborada como trabalho de Mestrado que ele fez de 2021 a 2023, na Universidade Federal do Amapá (Unifap), onde antes já se formara em Letras.
Para quem ainda não sabe ou não sabia, Helder Brandão foi policial militar do Amapá durante 30 anos. Ao chegar a aposentadoria, em 2021, resolveu alargar a verve de cantor e compositor que possui, e ainda os conhecimentos acadêmicos adquiridos no Curso de Letras, ingressando na elaboração de textos.
O Mestrado na Unifap foi o canal; o conteúdo do trabalho, o Raízes do Bolão e o Batuque do Curiaú. Então, a produção foi fácil/fácil, pois Helder viaja desde pequenininho por esses caminhos da cultura amapaense, segmento em que se sobressai a potencialidade e a potência afro-descendente.
Escrevendo acerca o livro de Helder Brandão, a ser lançada sábado, mas já com e-book disponível nas principais plataformas digitais, a jornalista Rita Torrinha mostra o seguinte:
A obra é resultado de pesquisa de mestrado do autor, sob o olhar sensível e profundamente comprometido com a ancestralidade afro amapaense, que mergulha nas práticas do grupo Raízes do Bolão. Mais que um estudo, é um gesto de reconhecimento à sabedoria coletiva, à resistência cultural e à performance como ferramenta de identidade.
Nas páginas, Helder Brandão dança com a memória e escreve com o ritmo ancestral do Batuque. Com olhar comprometido com as raízes afro amapaenses, inaugura uma nova fase de sua caminhada — a do autor que escreve como quem canta: com alma, com corpo, com história. A literatura se abre como extensão natural de seu canto e sua luta, e ele chega como quem sempre esteve — com respeito, verdade e voz coletiva.
O lançamento será um encontro de saberes, ritmos e afetos, com apresentações culturais, bate-papo com o autor e sessão de autógrafos. Oportunidade para refletir sobre a presença negra no Amapá e sua importância na formação simbólica da região. ‘Este livro é sobre memória viva. Sobre como o corpo carrega histórias, canta dores, mas também celebra esperanças’, destaca o autor, Helder Brandão.
Estão confirmadas as apresentações do cantor e compositor Beto Oscar; performance de marabaixo com Mario Neilton (Pezão), Tainá Cardoso e Rosa Silva; e claro, batuque com Grupo Raízes do Bolão, do quilombo do Curiaú, os homenageados da noite”.
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