Nota 10

Jovens cientistas são premiados no encerramento da 13ª Feira de Ciências e Engenharia do Amapá

Evento celebrou a inovação estudantil, premiando projetos em até 7,3 mil que unem ciência, tecnologia e impacto social


 

A 13ª Feira de Ciências e Engenharia do Estado do Amapá (Feceap) chegou ao fim nesta sexta-feira, 26, coroando o protagonismo estudantil e revelando projetos que apontam caminhos criativos para os desafios do presente e do futuro. Realizado no Amapá Garden Shopping entre os dias 23 e 26 de setembro, o evento reuniu 172 trabalhos de estudantes da rede pública e privada, do ensino fundamental ao superior, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

 

Durante quatro dias, o espaço se tornou um verdadeiro laboratório de ideias e experimentação científica, consolidando a Feceap como uma das principais vitrines de ciência e tecnologia do Amapá. O encerramento contou com a apresentação da Banda Marcial da Escola Gonçalves Dias, Lina Rosa.

 

 

A secretária de Estado da Educação, Sandra Casimiro, destacou o crescimento e o impacto do evento ao longo dos anos.

 

“Finalizamos a 13ª Feira de Ciências e Engenharia do Amapá com um balanço altamente positivo: foram 170 projetos expostos, protagonismo dos nossos estudantes e o fortalecimento da ciência dentro das escolas. Quero parabenizar os professores, orientadores, as equipes escolares e a organização do evento. A cada ano estamos aumentando o investimento, mas, principalmente, a qualidade do serviço prestado aos nossos alunos e à comunidade. É muito importante ver que, além de Macapá e Porto Grande, outros municípios também estão participando e muitas escolas estiveram pela primeira vez na Feceap. Queremos cada vez mais escolas e estudantes envolvidos em produzir e compartilhar conhecimento”, ressaltou Casimiro.

 

Prêmio Roberto França

O destaque da noite foi a entrega do Prêmio Roberto França, concedido aos projetos com a maior nota geral em cada nível de ensino. Os vencedores receberam R$ 7.300,00. Além do valor em dinheiro, os grupos vencedores receberam troféus, medalhas e credenciais para feiras nacionais e internacionais como: Milset Brasil-CE, Febrace, Mostratec, Febic e Femic.

 

No Ensino Médio, o prêmio foi conquistado pela estudante Débora Priscilla Valadares de Almeida, da Escola Estadual Mário Quirino da Silva, com o projeto “Efeito Biolarvicida de Extrato Etílico de Cymbopogon winterianus e Adenium obesum sobre o vetor Aedes aegypti”, que apresentou resultados promissores no combate ao mosquito transmissor da dengue por meio de compostos naturais.

 

“Estou muito feliz e grata pela oportunidade que estou tendo. Agradeço também à minha orientadora, que sempre está comigo me incentivando a fazer ciência e acreditar na educação”, comemorou Débora, emocionada.

 

 

Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), o projeto vencedor foi “Qualidade do Mel nas Feiras de Macapá: O que Realmente Chega ao Consumidor?”, que investigou a procedência e a qualidade do produto comercializado na capital amapaense.

 

No Ensino Fundamental II, o primeiro lugar ficou com “BioPainel Amazônico MDF da Casca do Cupuaçu”, que propôs a utilização de resíduos agroindustriais na produção de painéis ecológicos.

 

No Ensino Fundamental I, a premiação foi para “Divertindo-se com a Eletricidade: Aprendendo e Explicando Noções Simples de Eletricidade a Partir de Experimentos”, projeto que estimula o aprendizado científico de forma lúdica.

 

 

Na categoria Atendimento Educacional Especializado (AEE), o projeto “Entre Linhas e Respeito” conquistou o primeiro lugar ao promover inclusão e aprendizagem por meio de práticas pedagógicas inovadoras.

 

E no Ensino Superior, o destaque foi para o projeto “Podcasts Educativos: Uma Estratégia de Ensino e Combate à Desinformação Científica”, desenvolvido pelos estudantes Maria Clara Marques, Felipe Gabriel Santos de Freitas e Felipe Monteiro de Almeida, da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

 

“Estamos muito felizes porque é a primeira vez que participamos da Feceap. É uma emoção enorme conquistar essa realização, que representa muito para o nosso trabalho e para o nosso curso”, celebrou Maria Clara.

 

 

Destaques por Categoria 1º Lugar

Além da premiação geral, projetos em diferentes áreas do conhecimento receberam o 1º lugar em suas respectivas categorias:

Ensino Médio

  • Engenharia: Reciclobot 3.0 Robô para monitoramento ambiental de baixo custo
  • Ciências Agrárias: Desenvolvimento, Caracterização e Teste de Aceitação de Produtos Naturais Fermentados Provenientes da Casca do Abacaxi: Tepache e Vinagre
  • Ciências Humanas: Os Impactos do Uso Excessivo de Conteúdo Digital: O Fenômeno do Brain Rot

 

 

Ensino Fundamental II

  • Engenharia: Hidroboia: Uma Alternativa para a Diminuição do Desperdício de Água e Incentivo ao Uso Consciente
  • Ciências Agrárias: Areia iCat: Utilização do Caroço da Manga na Produção de Areia Higiênica Biodegradável
  • Ciências Humanas: Ecobrinq: Utilização da Reciclagem para a Produção de Brinquedos de Baixo Custo

 

Educação de Jovens e Adultos (EJA)

  • Ciências Agrárias: Aquabroto
  • Ciências Humanas: Remain and Proceed Estratégias para a Permanência dos Alunos da EJA

 

Ensino Superior

  • Engenharia: Avaliação do Tratamento Alcalino em Fibras de Ananas comosus, Cocus nucifera e Euterpe oleracea
  • Ciências Agrárias: EDEPSA Elaboración de un Polímero Absorbente Biodegradable a Partir de Compuestos Orgânicos
  • Ciências Humanas: Educação Ambiental e Sustentabilidade Tecnológica Construção de Climatizadores Sustentáveis como Prática Pedagógica

 

Feceap

O evento é uma parceria das Secretarias de Estado da Educação (Seed) e Ciência e Tecnologia (Setec). O objetivo da feira é incentivar a pesquisa e a ciência na educação básica, além de promover o protagonismo estudantil, a socialização e estimular a criatividade.

 

Ao longo de suas edições, a Feceap consolidou-se como uma das maiores vitrines de produção científica estudantil do Amapá. Criada em 2012, a feira passou a integrar, no ano seguinte, o Movimento Científico Norte e Nordeste (Mocinn), e, em 2014, alcançou reconhecimento internacional ao ingressar no Circuito Internacional de Feiras de Ciências, recebendo delegações de diversos países. Desde então, o evento fortaleceu parcerias com instituições científicas nacionais e estrangeiras, ampliando redes de colaboração e abrindo novas oportunidades para os jovens pesquisadores.

 

Nesse ano, participaram trabalhos vindos do Rio Grande do Norte, Paraná, Sergipe e Bahia, além de propostas da Cidade do México, reforçando o caráter internacional do evento. Além do espetáculo com o grupo Ciência em Show que aconteceu na abertura da feira.

 


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