Prefeitura de Macapá garante recursos para realização do Ciclo do Marabaixo
O recurso vem do Fundo Municipal de Cultura e sua destinação foi aprovada pelo Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC). A iniciativa vai beneficiar as comunidades tradicionais que realizam o Ciclo do Marabaixo.

A Prefeitura de Macapá, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), assinou num termo de fomento no valor de R$80 mil reais com representantes dos grupos de marabaixo da capital. O recurso vem do Fundo Municipal de Cultura e sua destinação foi aprovada pelo Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC). A iniciativa vai beneficiar as comunidades tradicionais que realizam o Ciclo do Marabaixo.
Este ano, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o evento será transmitido de forma virtual, por meio de lives culturais transmitidas nas páginas oficiais dos grupos de marabaixo. O incentivo financeiro de R$80 mil reais será investido na estrutura, gravação e transmissão das lives culturais, além de produção de som e iluminação, ornamentação e cachê dos grupos marabaixeiros. O recurso do fundo municipal de cultura fomentou ainda a produção e gravação de um DVD sobre o Ciclo do Marabaixo.
O diretor-presidente da Fumcult, Alain Cristophe Medeiros, fala sobre a importância de incentivar a produção cultural afroamapense, que é tradição em Macapá.
‘’O Ciclo do Marabaixo é uma tradição no município. A Fumcult, em nome da Prefeitura de Macapá, tem a missão de incentivar essa expressão cultural, que transpassa gerações. Agora, durante a pandemia da Covid-19, enfrentamos momentos difíceis, por isso a festividade religiosa está sendo transmitida através de lives culturais, observando as medidas de combate ao novo coronavírus’’, destaca.
Incentivos culturais
A programação acontece em parceria com os Institutos Municipais de Turismo (Macapatur) e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir). A pasta de turismo apresentará uma exposição fotográfica no Mercado Central de Macapá, no encerramento do Ciclo do Marabaixo.
O Improir, como provedor e difusor da cultura afroamapaense, também está produzindo de uma cartilha institucional que deseja documentar a autêntica manifestação cultural e religiosa, reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil.
De acordo com a diretora-presidente do Improir, Maria Carolina Monteiro, o projeto contará com informações didáticas das famílias tradicionais que iniciaram o Ciclo do Marabaixo, sendo um instrumento de implementação da lei n° 10.639/2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, incluindo o ensino de História e Cultura Afro-brasileira.
‘’O papel do Improir é viabilizar políticas de igualdade racial. A cartilha pretende promover a cultura afroamapaense e significa resistência de uma comunidade, que já ultrapassa gerações. Além de ser um dispositivo de implementação da lei n° 10.639, o material será bem didático, ideal para o ensino infantil. Por isso, desejamos que a cartilha, que conta a história do Ciclo do Marabaixo,seja distribuída nas escolas municipais de 1° a 5° ano’’, reforça a presidente.
No decorrer das lives culturais, o Improir disponibilizará uma exposição do Museu do Negro Gertrudes Saturnino, com a exibição de indumentárias, caixas, instrumentos e objetos representativos da manifestação cultural do Marabaixo. A intenção é demonstrar a identidade cultural das comunidades quilombolas.
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