Nota 10

Resgate cultural: comunidade participa do processo de retomada do Museu do Curiaú

Governo do Amapá revitaliza o espaço que será entregue para população para incentivar o turismo e valorizar a arte e a história quilombola.


Foto: José Baía/Secom

A artesã Graça Senna, de 53 anos, aguarda a abertura do Museu Antropológico do Curiaú, em Macapá, com a alegria de ver a preservação da memória quilombola. Ela faz parte da comunidade remanescente que atua diretamente no processo de retomada do espaço cultural.

O Governo do Amapá revitaliza o espaço que representa o resgate cultural e o fomento turístico. A previsão de entrega da obra é para este ano. O ambiente passa por reforma e recebe adaptações, mas mantendo a estrutura original, em formato octogonal (oito lados).

Graça Senna pretende expor no Museu do Curiaú o trabalho que desenvolve com poesia de resistência negra, música, telas de pintura e móveis rústicos confeccionados com reaproveitamento de madeira da roça.

“A abertura do museu nos gera uma expectativa muito grande. Esse espaço é para a comunidade remanescente quilombola trabalhar e também explorar o turismo. O artista do quilombo precisa ser visto pela sociedade. Isso é valorização”, disse.

Responsável pela nova gestão do espaço, a Secretaria de Turismo do Estado (Setur) tem realizado constantes encontros com a comunidade do Curiaú para reunir sugestões e, assim, definir a melhor forma de utilização do local, incluindo a própria comunidade neste processo de retomada das atividades.

O diretor do departamento de planejamento do turismo da Setur, Sandro Borges, destaca que o ambiente vai valorizar as manifestações artísticas, culturais e também religiosas, além de projetos educacionais, oficinas, e feiras de artesanato e gastronomia da comunidade do quilombo.

“O objetivo é dar transparência sobre o que está acontecendo na reforma junto à comunidade. Realizamos reuniões para discutir com eles como utilizar aquele espaço valorizando a memória do quilombo, destacando os contextos histórico, turístico e cultural”, enfatizou.


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