Série Carnaval 2020 em letra e melodia: conheça o samba de enredo da Escola de Samba Maracatu da Favela
A Maracatu da Favela será a penúltima escola a entrar na Passarela do Meio do Mundo, nesta sexta-feira, 22, às 2h45.
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Maracatu da Favela se consagrou por nove vezes campeã do desfile organizado pela Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap), de 1976 a 2013. Conquistou seu bicampeonato histórico com os enredos “Espelho, espelho meu”, em 2012; e “Tic-tac – é tempo de folia”, em 2013. Este ano, a verde e rosa amapaense levará para a Passarela do Meio do Mundo o tema “Solo fértil de imensos tesouros que brilham como fogo no extremo Norte do Brasil”, e chamará a atenção para as riquezas naturais, culturais e religiosas do Amapá.
“A escola abordará as riquezas do solo amapaense, seja ela a sua biodiversidade, potencial mineral, a sua cultura e sua fé, e a gente pousa no solo verde e rosa para dizer que o maior tesouro desta terra é o amor pela verde e rosa”, conta o carnavalesco Sandro Macapá.
Enredo: “Solo fértil de imensos tesouros que brilham como fogo no extremo Norte do Brasil”
Compositores: Fadico da Tijuca e Ralfe Ribeiro
Intérpretes: Carioquinha
Letra:
Vem ver meu bem, vem ver meu bem
Meu eterno amor, maracatu
Exalta as riquezas desta terra… tucuju
Eu sei que você tem saudade
De ver a favela passar
Eis a escola do povo
Encena de novo pra se admirar (laiá, laiá)
Eis a escola do povo
Em cena de novo nessa festa popular
Amapá, és um eldorado de beleza singular
Com os olhos marejados a favela vem cantar
Em noite de magia
Um pássaro sagrado aqui fez raíz
Áurea maracá, bravura cunanis
Bailando sobre as matas verdejantes
Em suas águas, quero me banhar!
Oh, mãe senhora, vem me abençoar
A nossa gente nesse rio-mar
Oro mi má, oro mi maió
Deusa do ouro venho lhe saudar
Traz águas calmas, pra guiar teus filhos
Que o nosso povo só quer favelar
Trilhando, caminhos de riquezas minerais
Por serras, florestas, matagais
Eu vejo a cobiça em nosso chão
E hoje, em meu voo levo preces
Clamando por preservação
Meu lugar,
Berço de festanças e cultura popular
Onde os batuques se misturam
É Marabaixo, é romaria, é fé para se emocionar.
Saudade que fere feito “chagas” o meu peito
É verde rosa e não tem jeito
Eternamente em nossos corações
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