Nota 10

União dos Negros do Amapá exibe mostra de cinema

Projeto reúne filmes nacionais e internacionais, incluindo obras inéditas no Brasil e títulos do cinema cult


 

A Cia Viva, produtora de artes integradas, realiza nesta segunda-feira, 17, às 15h, na União dos Negros do Amapá (UNA), a mostra ‘Afrofuturismo: Cinema em uma Diáspora Intergaláctica’, que apresenta um panorama do movimento surgido na metade do século XX. Inspirado na ficção científica e no realismo fantástico, o afrofuturismo propõe novas narrativas sobre a condição afrodescendente, misturando tecnologia, ancestralidade e imaginação especulativa.

 

O projeto conta com 21 filmes, grande parte inédita no Brasil. A programação tem como destaque internacional ‘Space Is the Place’, clássico estrelado pelo lendário músico de jazz Sun Ra. A obra integra o movimento blaxploitation, gênero que ganhou força nos Estados Unidos nas décadas de 1970 e 1980, marcado por produções protagonizadas e direcionadas ao público negro, com tramas que vão da ação ao terror.

 

 

Entre as produções brasileiras, o público poderá assistir aos longas ‘Bom Dia, Eternidade’, filme de 2010, dirigido por Rogério de Moura. É uma ficção hiper-realista que retrata o cotidiano fantástico de uma família negra de São Paulo, e ‘Branco Sai, Preto Fica’ (2015), dirigido por Adirley Queirós, docuficção que revisita uma tragédia policial ocorrida na Ceilândia (DF).

 

Para o coordenador do projeto, Rodrigo Pedroza, a mostra é direcionada, principalmente, aos estudantes de escolas públicas e comunidades quilombolas, e busca revelar a força estética e conceitual do afrofuturismo. “Os documentários, as ficções e os filmes experimentais combinam elementos de ficção científica, fantasia, afrourbanidade e realismo fantástico, articulados a cosmologias não ocidentais. A proposta lança luz sobre a diáspora África-América, no passado e no futuro – sacudindo os alicerces do presente”, afirma.

 

 

Produção executiva: Paiodhy Rodrigues, em parceria com União dos Negros do Amapá (UNA).

 

A iniciativa foi contemplada em Edital da Lei Paulo Gustavo (LPG), com patrocínio do governo federal e Ministério da Cultura (Minc), e gestão da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-AP).

 

(Texto Mary Paes)

 


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