“Vento Norte” estreia em Macapá e marca campanha do Setembro Amarelo
Primeiro longa-metragem produzido no Amapá aborda o suicídio e reforça a importância da prevenção

Na noite desta segunda-feira (8), o cinema Moviecom, em Macapá, foi palco da pré-estreia de Vento Norte, o primeiro longa-metragem produzido no Amapá. Realizado pela Amazonita Filmes e dirigido por Jedelson Pereira, o documentário integrou a programação do Setembro Amarelo, campanha nacional dedicada à valorização da vida e à prevenção do suicídio.
A obra foi viabilizada com apoio da Prefeitura de Macapá, por meio da Lei Paulo Gustavo, e reúne relatos de pessoas impactadas diretamente pelo suicídio, como familiares e sobreviventes. Além disso, traz reflexões de especialistas, psicólogos, psiquiatras e representantes do Centro de Valorização da Vida (CVV), promovendo a escuta sensível e o diálogo como caminhos para a reconstrução.
Para o diretor Jedelson Pereira, lançar o filme durante o Setembro Amarelo amplia o alcance da mensagem e reforça o papel social da arte.
“É um filme que trata de um tema delicado, mas urgente. É necessário que as políticas públicas, a escola e as famílias falem sobre isso, porque quanto mais se conversa, mais vidas podem ser salvas. A arte tem um papel fundamental, porque é por meio dela que conseguimos alcançar todas as camadas da sociedade”, destacou.
Desde 2015, o Setembro Amarelo é a principal campanha de prevenção ao suicídio no Brasil, tendo o laço amarelo como símbolo. Em Macapá, a Prefeitura vem promovendo diversas ações ao longo do mês, como rodas de conversa, palestras, atividades culturais e atendimentos especializados. A rede municipal de saúde conta com psicólogos atuando em unidades básicas, centros especializados e no CAPS, oferecendo apoio contínuo à população.
A psicóloga clínica e hospitalar Regiane Frota, que integra a rede pública, ressaltou a relevância da parceria entre cultura e saúde na promoção da vida.
“Um evento como esse tem uma magnitude extraordinária. A união entre saúde e cultura mostra o quanto a arte é essencial para expressar o inconsciente, desconstruir estigmas e quebrar tabus. A vida é o nosso bem mais precioso, e iniciativas como essa nos convidam a valorizá-la ainda mais”, afirmou.
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