Adolescente escreve carta de próprio punho para denunciar abusos sexuais do padrasto
Caso ocorreu no município de Laranjal do Jari, na região Sul do Amapá. Vítima relatou que o padrasto vinha abusando sexualmente dela desde outubro do ano passado.

Elden Carlos
Editor-chefe
Um homem foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável no município de Laranjal do Jari, região Sul do Amapá, depois que a enteada dele, de 13 anos, escreveu uma carta [de próprio punho] à polícia, relatando os abusos sexuais que eram cometidos pelo padrasto contra ela desde outubro do ano passado. A mãe da adolescente também foi indiciada pelo mesmo crime.
De acordo com o delegado Aluísio Aragão, da Delegacia de Infância e Juventude de Laranjal do Jari, a menina havia comunicado as ações criminosas do padrasto à mãe, mas a genitora teria apenas lhe dito para “ficar longe dele”. Pela omissão no caso a mulher também acabou indiciada. A denúncia foi escrita na folha de um caderno escolar.
Além da carta a menina confidenciou o caso a outras pessoas que foram intimadas a prestar depoimento como testemunhas. Além de apalpar a vítima, o padrasto ainda tentou a conjunção carnal, mas foi repelido.
A mãe, ao ser interrogada, confirmou que a filha havia lhe relatado o que estava acontecendo em dezembro de 2020 e disse que já estava desconfiando, pois, em outra oportunidade flagrou o padrasto no quarto da filha em atitude suspeita.
“Ao final das investigações, o padrasto foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável, previsto no Art. 217-A do Código Penal. Em relação à mãe, o ordenamento jurídico lhe impõe a obrigação de proteção, cuidado e vigilância em relação aos filhos menores, e embora não tenha praticado o verbo nuclear do tipo penal, também foi indiciada pelo crime de estupro de vulnerável, em razão de sua omissão imprópria, pois, a sua conduta omissa foi determinante para que os atos criminosos continuassem acontecendo”, explicou o delegado.
A vítima pediu medidas protetivas de urgência e está sendo assistida pelo Conselho Tutelar de Laranjal do Jari. O procedimento já foi enviado ao Ministério Público do Amapá.
Imagem: Divulgação/PC
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