Advogado diz que provará inocência de vereador e esposa na Operação Miríade
Maurício Pereira aponta abusos em atividades policiais.
Douglas Lima – Da Redação
O advogado Maurício Pereira negou na manhã desta quinta-feira, 5, que o vereador de Santana, Rarisson Santiago e esposa Driene Ramalho tenham qualquer envolvimento na acusação dos motivos que levaram a Polícia Federal a encetar, quarta-feira, o prosseguimento da Operação Miríade.
Maurício Pereira se pronunciou no programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9), apresentando-se como advogado do casal envolvido pelo Ministério Público Federal, Justiça Federal e PF como integrantes de organização criminosa que favoreceu fraudes para regularização de títulos de terras públicas da União, no Amapá.
O causídico garantiu que Rarisson e Adriene não têm qualquer envolvimento com questão fundiária, não são proprietários de grandes extensões rurais nem são registrados no Incra em processos relacionados a terras.
Chamando a Operação Miríade de “pirotecnia”, Maurício, em tom de denúncia, disse que a ação da Polícia Federal invadiu a privacidade das pessoas acusadas, não dando a elas oportunidade de defesa.
Segundo o advogado, os acusados não tiveram acesso sequer à decisão judicial que autorizou os 17 mandados de busca e apreensão para a PF agir, quarta-feira, 4, em Macapá e Santana.
“É muito constrangedor. Vivemos num Estado Democrático de Direito, e fazer terrorismo não é nada democrático”, criticou Maurício Pereira, prometendo que ainda na manhã de hoje irá à Justiça Federal requerer pelo menos a decisão judicial causadora das ações da PF.
O causídico disse que a Operação Miríade já teve o condão de prejudicar Rarisson Santiago, que como vereador é um homem público e que, além disso, é pré candidato a prefeito de Santana.
Maurício garantiu que o casal que ele defende sequer vai ser indiciado pela Polícia Federal, e muito menos condenado pela Justiça, uma vez que vai provar que a acusação contra Rarisson e Adriene não tem fundamento.
O advogado também invocou a sua condição de presidente da Comissão de Prerrogativas das OAB-AP, para protestar contra o fato do delegado da PF não ter dado nem mesmo a cópia do inquérito do caso, o que, como disse, viola Súmula do STF.
Maurício Pereira ainda revelou que duas pessoas foram presas preventivamente por terem se recusado a fornecer a senha a senha dos seus telefones, o que para eles é um absurdo, posto que, esclareceu, o réu tem direito de não criar provas contra si. “Isso é um direito constitucional de quem está sendo investigado”, concluiu.
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