Polícia

Advogados criminalistas pedem investigações e garantias de vida a Maurício Pereira.

Carta Aberta é a propósito de pendenga do causídico com a Polícia Militar; reivindica providências das principais autoridades do estado do Amapá.


Douglas Lima

Da Redação

 

A Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracim) emitiu, nesse fim de semana, ‘Carta Aberta aos Poderes do Amapá’, em defesa do advogado Maurício Silva Pereira, que estaria com sua vida em “seríssimo risco por defender direitos fundamentais da Constituição Federal em missões que lhe foram confiadas pela OAB”,

A Carta Aberta é a propósito da pendenga que o causídico Maurício Pereira vem mantendo com a Polícia Militar em razão de mortes no Amapá, praticadas por policiais da corporação com a versão de que são resultado de refregas armadas com marginais. O advogado afirma’ que está sofrendo ameaças de morte, notadamente na internet, onde memes são postados, entre outras coisas, figura de bandido com arma em sua cabeça.

No último sábado, 17, o presidente da Associação dos Servidores Militares do Amapá (Asmeap), major PM Álvaro Jùnior, no programa ‘Togas e Becas’ (Diário FM 90,9), revelou que a entidade entrará na Justiça com ações criminal e cível, contra Maurício, pedindo que ele prove as acusações que vem fazendo contra a PM, mas de modo particular a 60 militares “chegados a praticar crimes de morte” . “Que ele dê os nomes desses policiais”, pontuou o major no programa radiofônico.

As declarações de Álvaro Júnior foram como ‘direito de resposta’ à entrevista que no sábado anterior o advogado dera no mesmo Togas e Becas. Nesta segunda-feira, 19, Maurício Pereira voltou a se pronunciar acerca do assunto, só que no programa LuizMeloEntrevista, na mesma emissora.

Ele disse que os nomes dos militares que matam estão em mais de 220 registros no Ciodes, de 2015 pra cá. Destacou que as declarações dele não são da pessoa física Maurício Pereira, mas de membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB. “Não vou falar os nomes no rádio. Eu falarei nas instituições. Na verdade, eles querem que eu me acovarde. Mas eu digo que se me matarem, a OAB vai continuar existindo, e outra pessoa vem tomar o meu lugar”,

A Carta Aberta da Abracim, a respeito de Maurício Silva Pereira, registra que ele é “um advogado com exemplar folha de serviços prestados para a advocacia e OAB, sempre integrando importantes Comissões Temáticas, especialmente em Direitos Humanos e Defesa de Prerrogativas da Advocacia”.

O documento continua: “Nossa Classe, em especial a Abracim -Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas, teme pela sua vida e, pela presente Carta Aberta, clama à Suas Excelências o Senhor Governador do Estado, Presidentes da Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça do Amapá, Procurador Geral de Justiça, para que envidem todos os esforços no sentido de assegurar ao referido profissional seu direito à vida, à segurança e liberdade para exercer suas missões confiadas pela Ordem dos Advogados do Brasil”.

Concluindo, a Carta Aberta, assinada pelo presidente em exercício da Abracim nacional, Osvaldo Serrão, e por Lucidéa Portal Melo, presidente estadual da entidade, diz: “Ainda, além das ameaças, devem ser exaurientemente investigados os lamentáveis fatos por ele denunciados, que cobrem de vergonha o Estado do Amapá, nas terríveis advertências que fazem. A legalidade deve ser preservada junto com sua vida e dignidade. É nosso apelo urgentíssimo!”


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