Ataque ao bar Don Corleone ocorreu após policial civil ter importunado jovem, diz polícia
Policial civil Sanderlei Barreto foi colocado para fora do bar por estar importunando uma jovem que o denunciou. Ele pegou uma arma no carro, abriu fogo e deixou quatro pessoas feridas.

O policial civil Sanderlei Almeida Barreto está sendo investigado pelos crimes de tentativa de homicídio, lesão corporal grave, disparo de arma de fogo em ambiente público e de exposição da vida de terceiros em risco.
A informação foi confirmada na manhã desta segunda-feira (05) pelo delegado Luiz Carlos, da Delegacia Especializada em Crimes Contra Pessoa (Decipe) durante entrevista coletiva na sede da Corregedoria da Corregedoria de Polícia Civil, no bairro Jesus de Nazaré, zona central de Macapá.
- Delegado Luiz Carlos preside inquérito criminal
O delegado declarou que a ação criminosa do policial – registrado na madrugada da última sexta-feira (02) ocorreu por motivo fútil. O inquérito revela que o agente de polícia estava importunando uma jovem durante uma festa no bar Don Corleone, no bairro Santa Rita.
A mulher denunciou o fato à direção da casa que determinou a retirada de Sandelei do local. Houve uma discussão entre ele e os seguranças. “O policial foi abordado pela segurança interna do estabelecimento e houve uma discussão. Teria ocorrido luta corporal e agressões mútuas. Após esse episódio o policial civil seguiu até o carro, se armou, e entrou atirando. Hoje mesmo vamos recolher as imagens completas do sistema de segurança para entender essa dinâmica dos fatos. O que podemos afirmar nesse momento é que existe um crime comprovado e que todos os elementos serão coletados para subsidiar o inquérito que será concluso e encaminhado para o judiciário sem nenhum tipo de fragilidade.
O delegado explicou que ainda na sexta-feira o policial se apresentou na delegacia e teve a arma usada no crime apreendida. A pistola 640, calibre Ponto 40, não é de uso pessoal e não pertence, portanto, à instituição civil.
O presidente do inquérito foi enfático em dizer que se houver a necessidade do pedido de prisão temporária, ou preventiva de Sanderlei Almeida, isso será feito. “Nós estamos trabalhando para resguardar os vestígios do caso e se for comprovada qualquer forma de tentativa de obstrução do trabalho ou até mesmo ameaças nós iremos sim representar pelo pedido de prisão”, concluiu o delegado.
Corregedoria
O corregedor da Polícia Civil, delegado Sávio Pinto, disse que a investigação ocorre de forma conjunta entre a Corregedoria e Decipe para dar maior celeridade às apurações. “Tão logo recebemos a informação oficialmente – na sexta-feira – foi determinado o imediato afastamento do policial e apreensão da arma. Já iniciamos o processo administrativo que ocorre em paralelo com o inquérito criminal para apurar esse caso de forma profunda. Estamos atuando sem corporativismo. O braço é firme e se forem vislumbrados elementos coerentes iremos representar pela prisão. Um policial precisa gerar segurança ao cidadão e não medo”, disse Sávio Pinto.
- Delegado Sávio Pinto apura o caso na Corregedoria da Polícia Civil
O corregedor lembrou ainda que Sanderlei, em caso de comprovação de crime, no processo administrativo, poderá perder o cargo público, conforme previsto no Estatuto da Polícia Civil. A denúncia de reincidência do policial nesse tipo de ocorrência também está sendo apurada.
Reportagem: Elden Carlos e Rodrigo Silva
Imagens: Lana Caroline
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