Polícia

Banho de sangue na Zona Norte; bandidos matam quatro e deixam dois feridos

criminosos agiram usando um carro prata em todos os crimes, segundo a polícia. Ninguém foi preso até agora.


Quatro pessoas foram assassinadas e pelo menos outras duas ficaram feridas durante ataques iniciados por volta de 22h dessa segunda-feira (22) em bairros da zona norte de Macapá. Segundo a polícia, os criminosos estavam no interior de um carro prata.

O primeiro ataque foi contra Felipe Tolosa Pimentel, de 18 anos, que foi alvejado na Rua Pedro Wanderley Fernandes, bairro Novo Horizonte. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Emergências de Macapá (HEM) onde está internado. O estado clínico é considerado grave.

Minutos depois, o suposto mesmo carro parou em frente a uma borracharia localizada no cruzamento da Avenida Quariquara com a Rodovia do Curiaú (AP-070), bairro Ipê. No local os criminosos executaram com pelo menos cinco tiros o borracheiro João Felipe Saldanha Braga, de 19 anos. Ele morreu sentado na cadeira. “Eu estava sentada ao lado dele [João] quando os caras chegaram e mataram meu marido. Pensei que também seria morta”, revelou a companheira da vítima.

Na sequência a polícia registrou outro ataque na Rua Joaquina da Silva Amaral com a Avenida Alceu Paulo Ramos, bairro Novo Horizonte. Quatro amigos que estavam sobre duas motos e haviam saído de um restaurante foram surpreendidos pelos atiradores do carro prata.

No local morreu Leonardo da Silva Alves, de 22 anos. Os outros feridos foram identificados como Brendo Elbe Oliveira Machado, de 19 anos, que morreu minutos após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Novo Horizonte; Alex Borges da Silva, de 32 anos, que morreu no Hospital de Emergências de Macapá, e Matheus Mendes da Silva, de 21 anos, que foi o único sobrevivente. Matheus está internado no Hospital de Emergências da capital.

A última vítima do grupo armado foi o adolescente Richard Anderson da Silva, de 16 anos, alvejado na Rua Sergipe, bairro Pacoval. Até a manhã desta terça-feira (23) a polícia não havia localizados os criminosos. A Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe) assumiu as investigações. Os policiais tentam localizar residências próximas aos locais dos crimes e que tenham câmeras de monitoramento. O objetivo é tentar identificar o carro e a ação dos assassinos.

“O ‘modus operandi’ dos criminosos foi o mesmo em todos os casos. Os crimes têm características claras de execução e os estojos [cápsulas de balas] recolhidos nos locais são similares. Foram usadas pistolas nos crimes. Os disparos foram feitos sempre na região da cabeça e tronco, que são as áreas vitais do corpo”, observou o perito Odair Monteiro, da Polícia Técnico Científica (Politec).

Os corpos foram removidos para o Departamento de Medicina Legal (DML) para serem necropsiados.

Reportagem e fotos: Jair Zemberg
Texto: Elden Carlos


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