Caseiro foi assassinado pelos próprios irmãos no Jari, revela polícia
Esposa do caseiro Aldecir Carvalho, de 22 anos, também foi morta no ataque. No caso dela a polícia classifica o crime como ‘queima de arquivo’.

Elden Carlos
Editor-chefe
O delegado Rômulo Viegas, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Laranjal do Jari, na região sul do Amapá, concluiu que o caseiro Aldecir Carvalho dos Santos, de 22 anos, foi assassinado com dois tiros por seus próprios irmãos – de 17 e 20 anos – tendo como motivação uma disputa de herança por terras. A esposa de Aldecir, Aparecida Freitas Silva, de 20 anos, foi executada como ‘queima de arquivo’.
Segundo a polícia, Aldecir trabalhava como caseiro em uma propriedade rural e seus irmãos foram ao sítio, de moto, onde houve uma discussão. Em determinado momento o adolescente teria efetuado dois tiros contra o irmão. Aldecir correu para área de mata e desapareceu. O fato aconteceu no dia 6 de outubro.
Aparecida testemunhou a ação criminosa. Ela acabou amarrada e alvejada com um disparo na cabeça. Os dois filhos do casal, de 2 e 5 anos, assistiram a mãe ser morta. O ataque teria ocorrido por volta de 13h, mas ela só foi encontrada pelo dono da propriedade às 19h. As crianças estavam ao lado do corpo da mãe.
O corpo do caseiro só foi encontrado no dia seguinte. O delegado representou pelo pedido de prisão preventiva do adulto e apreensão do menor. Rômulo Viegas classificou o crime como macabro. Ele ainda se disse espantado com a frieza do adolescente durante o depoimento. Segundo o delegado, “o infrator disse que não se arrependia e que mataria o irmão novamente, caso fosse necessário”.
Rômulo declarou que os irmãos deverão responde por homicídio qualificado [por motivo fútil] e mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Ele ainda ressaltou a qualificadora para o crime de queima de arquivo.
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