Caso Kátia Silva: Advogado diz não haver dúvida de que policial foi autor do disparo
Assistente de acusação do processo tratado como feminicídio, Paulo de Sá contesta declarações da defesa de Leandro Freitas que agora acusa um filho da empresária de ser autor do disparo.

Cleber Barbosa
Da Redação
Uma semana depois que a defesa do policial civil Leandro da Silva Freitas, de 29 anos, foi ao rádio negar a autoria do disparo que matou a empresária Kátia Silva – em julho de 2020 – o advogado Paulo de Sá, que atua como assistente de acusação, rebateu a nova tese levantada de que teria sido um filho dela o autor do tiro. O advogado foi entrevistado na segunda-feira (29) pelo programa Café com Notícia (Diário 90,9FM).
Dizendo-se surpreso com essa teoria, o representante da família de Kátia Silva foi taxativo. “Não há nenhuma dúvida de que o tiro que matou Kátia Silva foi disparado por Leandro. Primeiro que partiu da arma de Leandro, segundo, que a arma foi empunhada por ele”, disse o advogado da família.
Ele disse que essa certeza vem desde a perícia oficial feita pela Polícia Técnico Científica (Politec), como também de uma perícia complementar requisitada pela assistência de acusação. Pelos laudos, o policial apresentava não apenas resíduos de pólvora nas mãos como também de outras substâncias que cientificamente são comprovados pelos peritos em caso de tiro à queima roupa.
Ele disse que essas e outras informações valiosas deverão ser oportunamente apresentadas e comprovadas assim que o caso for levado à presença do Tribunal do Júri. “Não há como esse julgamento acontecer de forma remota, ou à distância, então queremos garantir que o acusado esteja presencialmente perante os jurados”, completou.
O caso
Ana Katia Almeida da Silva, que tinha 46 anos, morreu após ser baleada na madrugada de uma quarta-feira, 8 de julho, durante uma festa, na zona Sul de Macapá. O namorado dela, o policial civil Leandro da Silva Freitas, foi preso em flagrante como autor do crime. Ele apresentava ter sido baleado no ombro e o caso foi registrado como feminicídio.
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