Polícia

Condenados por falsificar certificados que beneficiaram presos no Iapen são presos

Certificados falsos de cursos de qualificação fizeram com que alguns presos tivessem redução no cumprimento da pena, na cadeia, de até dois anos. Alguns líderes de facções foram beneficiados.


Carlene Alfaia sendo apresentada na delegacia

Agentes da 1ª Delegacia de Polícia Civil (1ª DP), de Macapá, cumpriram dois mandados de prisão preventiva na manhã desta segunda-feira (09) no desdobramento da Operação Apáte, que investiga um esquema de falsificação e venda de certificados de cursos de qualificação para detentos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

De posse desses certificados, os apenados conseguiam remição de pena. Em alguns casos, segundo as investigações, presos chegaram a pagar até R$ 50 mil por um certificado. Cerca de 40 presos beneficiados no esquema fraudulento foram identificados na ação.

Os mandados de prisão foram expedidos contra a ex-chefe da Unidade de Assistência Escolar no Iapen, Carlene Alfaia Monteiro, e o professor Márcio Ronei dos Santos Fonseca, que lecionava na unidade prisional. Eles estavam em prisão domiciliar. Na última sexta-feira (06) o juiz Diego Moura de Araújo, da 1ª Vara Criminal de Macapá, condenou Carlene Alfaia Monteiro a 14 anos e 7 meses de prisão por corrupção passiva, ingresso de aparelho telefônico em sistema prisional e associação criminosa. O professor Márcio Ronei foi sentenciado a cumprir pena de 12 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e associação criminosa.

Além deles o juiz também condenou o réu preso Patric Pinheiro do Nascimento, que já cumpria pena por outros crimes, a 6 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de falsificação de documento particular e associação criminosa.

A polícia descobriu que o esquema ocorreu entre os anos de 2016 e 2018 e beneficiou dezenas de apenados, sendo que em alguns casos o tempo de cumprimento de pena foi reduzido em mais de dois anos, garantindo a progressão de regime e consequente liberação de criminosos perigosos, como líderes de facções, devidamente identificados na investigação.


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