Confirmada chacina de amapaenses em área rural de Monte Dourado, no Pará
Até agora, seis homens foram encontrados mortos boiando no rio Jari, com sinais de crueldade nos corpos, um sobrevivente foi resgatado e dois estão desaparecidos

Douglas Lima
Editor
O delegado-geral de polícia civil do Amapá, Cézar Vieira, esclareceu na manhã desta sexta-feira, 8, que os seis mortos encontrados boiando no rio Jari, anteontem, dia 6, eram homens, todos amapaenses baseados em Macapá. A autoridade policial acrescentou que uma das vítimas, que conseguiu se salvar, foi resgatada numa zona de mata ao sul do Amapá, norte do Pará; duas outras estão desaparecidas.
A carnificina teria ocorrido segunda-feira, 4, numa área à margem do rio Jari, em Monte Dourado, distrito do município paraense de Almeirim, para onde o grupo de amapaenses se deslocara em duas caminhonetes para fazer negócios de compra de terras.
Segundo consta, e o delegado Cézar Vieira confirmou em entrevista na Diário FM 90,9, os mortos teriam sido confundidos com bandidos que na quinta-feira da semana passada, 31 de julho, invadiram um garimpo de Monte Dourado e, armados, roubaram os pertences dos que se encontravam no local e equipamentos usados na atividade garimpeira, além de 5 quilos de ouro.
Os corpos encontrados no rio Jari tinham marcas no corpo denunciando que foram assassinados de forma cruel, inclusive submetidos à tortura. César Vieira apontou o sobrevivente resgatado como importante para a elucidação da carnificina. Ele deve dar depoimento à polícia, hoje, bem como outras três pessoas que teriam testemunhado as cruéis execuções.
As investigações do caso, a princípio, estão sendo feitas pela Polícia Civil paraense, por causa da circunscrição da ocorrência, mas o governo do Amapá enviou reforços para o sul do estado. Cinco delegados, agentes civis e policiais militares estão participando das diligências e investigação. O Grupo Tático Aéreo (GTA) fez o resgate do sobrevivente da chacina e dos corpos.
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