Polícia

‘Cracolândia’ surge em frente à residência do governador, em M

Usuários compram pedra da droga por R$ 10,00. Mulheres fazem programas para conseguir dinheiro. Existem relatos de assaltos e casos de Aids e câncer no local 



(Foto - Samuel Silva)

Uma cena degradante foi flagrada no início da manhã desta quarta-feira, 13, pela reportagem do programa Luiz Melo Entrevista (Rádio Diário 90,9 FM), na região central de Macapá. Uma verdadeira cracolândia está em atividade na área verde em frente à residência oficial do governador do estado do Amapá.

 

Mais de 15 usuários de crack dividem barracos que foram erguidos com lonas e papelão em baixo da arquibancada do campo de futebol desativado há alguns anos. Aos 45 anos de idade, Maria Sales diz que faz programas sexuais para ganhar dinheiro e comprar a pedra da droga.Segundo ela, uma pedra de crack é vendida ao preço de R$ 10. “Ou catamos latinha ou fazemos isso [sexo] pra ganhar dinheiro e sustentar o vício. Caso contrário, o jeito é roubar, como fazem alguns aqui”, assegura.

Claudilene Vaz de Jesus, de 23 anos, diz que desde os 16 usa droga. “Parei de estudar na 8ª série, após me envolver com uma turma que fumava maconha. Depois, experimentei outras drogas até chegar ao crack. Não tenho contato com a minha família. Também faço programas para ganhar dinheiro”, revela.

 O local também é frequentado por menores de idade, de acordo com o que dizem as pessoas que fazem caminhadas diárias no espaço. Outro problema grave no local, além do lixo e fezes humanas acumuladas no entorno dos barracos, são casos de Aids e câncer, de acordo com o que revelou outro usuário de crack, identificado como João Paulo, de 24 anos.

O homem afirmou que entre os usuários residentes no local, alguns já tiveram as doenças diagnosticadas, e que mesmo assim não fazem nenhum tratamento. Até às 8h30 da manhã, nenhuma autoridade havia se pronunciado sobre esta realidade. 


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