Polícia

Delegado-geral fala da prisão de ‘Marujo’ e diz que investigações sobre Chacina do Jari continuam

Mantendo a linha de silenciar quanto aos depoimentos dos envolvidos no caso, César Vieira argumenta: “Nossas investigações são por etapa, para ter um esclarecimento total, inclusive na linha do tempo com todos os envolvidos”


 

Douglas Lima
Editor

 

A prisão de José Edno Alves de Oliveira, 46 anos, o ‘Marujo’, suspeito pela Polícia Civil de ter sido o mandante da Chacina do Jari, há uma semana, com a morte de oito homens com requintes de crueldade, podem esclarecer pontos e avançar mais nas investigações.

 

Esse cenário foi descrito na manhã desta segunda-feira, 18, pelo delegado-geral de polícia civil do Amapá, Cézar Vieira, em entrevista coletiva para explicar as circunstâncias da prisão de Marujo, domingo, em Brasília, onde se encontrava no mesmo carro usado pelos executores da mortandade. Também foi apreendido o celular do suspeito.

 

 

Sem nunca afirmar, claramente, ter sido José Edno o mandante da chacina, o delegado Cézar disse que as investigações, do modo em que estão sendo desenvolvidas, podem suscitar ainda a necessidade de pedido de mais medidas cautelares.

 

 

O delegado fez referência ao homem que se encontrava com Marujo na hora da prisão, esclarecendo que ele não tem nenhum envolvimento com o crime coletivo acontecido no Vale do Jari, mas que foi detido para averiguações, e depois liberado.

 

 

Cézar Vieira destacou o trabalho conjunto da Polícia Civil do Amapá e da congênere do estado de Goiás, que prestou importante apoio à ação dos agentes amapaenses na captura de José Edno Alves de Oliveira, o Marujo. Ele chegou a citar os nomes dos delegados de polícia atuantes no caso.

 

Comportamento que chama a atenção nos trabalhos da Polícia Civil do Amapá para elucidar a Chacina do Jari é silenciar a respeito dos depoimentos. Palavras que esclareceriam a tática do sigilo nas investigações seriam as do próprio delegado César Vieira, na coletiva: “Nossas investigações são por etapa, para ter um esclarecimento total, inclusive na linha do tempo com todos os envolvidos”.

 


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