Polícia

Denunciados pela morte de Ramon sentam no banco de réus

Universitário foi encontrado morto em janeiro de 2012



Três anos após a morte do universitário Ramon Vasconcelos Silva, com 21 anos na época, o jornalista Wellington de Miranda Costa e o taxista Rosivaldo da Silva Bezerra sentam no banco de réus nesta segunda-feira, 20, para responder pela morte do estudante do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

De acordo com o pai de Ramon, Alício Santos Silva, a família espera que os réus sejam condenados pela morte do garoto, já que todos os indícios apontaram para um homicídio. “Queremos justiça, apenas isso. Essas pessoas tiveram, sim, culpa pela morte do meu filho que se formaria exatamente naquele ano trágico para todos nós. Isso não trará meu filho de volta, mas pelo menos saberemos que a morte dele não ficou impune”, desabafou Alício.
A morte
Ramon Vasconcelos foi encontrado morto no final da madrugada de 14 de janeiro de 2012 na rua Graciliano da Silva Trindade, bairro Jardim Marco Zero, zona sul de Macapá. Mototaxistas que passavam pelo local se depararam com o universitário caído na pista. Ele tinha sangramento e várias escoriações.

Quando os médicos do Corpo de Bombeiros chegaram ao local o óbito foi constatado. Ramon foi visto momentos antes entrando no táxi de Rosivaldo. A vítima estava na companhia de Wellington e mais duas garotas que foram deixadas antes do local em que o rapaz foi encontrado morto.

Segundo a polícia, os envolvidos retornavam de uma festa em um clube na rodovia JK. A vítima tinha ido com amigos, mas durante o evento Wellington o teria abordado e levado para um camarote onde deu bebida alcoólica ao universitário que não bebia. Ramon teria deixado o local amparado por Wellington em função de estar alcoolizado.

A dúvida da polícia era sobre o que aconteceu naquela rua. Inicialmente o taxista e o jornalista disseram que tinham deixado o jovem na beira da rua, mas depois outras versões foram surgindo.

Em abril do mesmo ano, os denunciados participaram de uma reprodução simulada no local. Há época, de acordo com a delegada Odanete Biondi, que presidiu o inquérito, houve contradições nos depoimentos de ambos, o que levou a polícia a realizar a reconstituição do caso.

Eles foram indiciados por homicídio com dolo eventual e agora serão julgados pela morte do universitário diante dos sete jurados do Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri. O julgamento inicia às 8h da manhã.


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