Detento do regime aberto domiciliar é executado na volta da escola
Kelson ‘Pirata’ cumpria pena no regime aberto domiciliar pelo crime de tráfico de drogas (Art.33) e foi assassinado no retorno da escola.

Cumprindo pena pelo crime de tráfico de drogas (Art.33), no regime aberto domiciliar, Kelson Rafael dos Santos Braga, de 33 anos, ‘o ‘Pirata’, foi assassinado com três tiros na noite de sexta-feira (26) no conjunto habitacional Macapaba I, zona norte de Macapá. Dois homens são suspeitos de envolvimento no crime que tem características de execução.
Segundo o sargento Arilson, do 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM), o crime foi registrado por volta de 20h30 na quadra 6 da rua Herbet José de Souza. “Uma das condicionantes para que a vítima estivesse em liberdade era de que ela estivesse frenquentando a escola. A informação era de que o Kelson estaria retornando da escola quando foi abordado pelos criminosos que estavam em uma bicicleta. Foram três disparos na altura da cabeça”, disse o sargento.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou o óbito no local. A dupla suspeita fugiu sem ser identificada. “Estamos fazendo o levantamento de informações pra identificar os criminosos. Pelo que se observa a execução é decorrente de um provável acerto de contas e pode estar relacionado ao tráfico de drogas”, concluiu.
O corpo foi removido para o Departamento de Medicina Legal (DML) da Polícia Técnico-Científica (Politec) para ser necropsiado.
Lei do silêncio
Segundo o delegado César Ávila, da Delegacia Especializada em Crimes Contra Pessoa (Decipe), uma das principais dificuldades da polícia é a falta de informação das pessoas que testemunharam o crime, mas tem medo de denunciar.
“Existe essa cultura de lei do silêncio, que é algo pregado pelas facções criminosas. A população precisa entender que pode colaborar [e deve] com o trabalho policial, por meio de denúncias. Esse repasse de informações pode ser feito por meio do número 190, do Ciodes, ou nosso próprio Disk-Denúncia (96) 99170-4302. A identidade do cidadão será mantida no mais absoluto sigilo”, disse o delegado.
Ávila explicou ainda que já tem alguns detalhes sobre os executores de Kelson Pirata, mas que ainda não pode adiantar detalhes para não comprometer a investigação.
Reportagem e fotos: Jair Zemberg
Texto: Elden Carlos
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