Polícia

“É um estado constante de medo aqui no conjunto”, diz moradora do Mucajá

Menores de idade estão servindo como executores de planos orquestrados por bandidos maiores de idade.


Elden Carlos

Editor de Polícia

 

Os moradores do conjunto habitacional Mucajá, na zona sul da capital, dizem já não saber mais a quem apelar para que a segurança pública seja estabelecida no primeiro conjunto habitacional do Amapá. Eles [moradores] se dizem sitiados por criminosos.

Além dos assaltos e da venda de drogas no conjunto que fica há poucos metros do comando da Polícia Militar, a prostituição infantil é outro esquema explorado pelos bandidos. “Os pais de meninas de 12,13 anos estão sendo praticamente obrigados a deixar suas filhas saírem à noite para se prostituir. Basta olhar a movimentação de carros altas horas”, disse. A violência descabida no local já resultou até mesmo em assassinatos no conjunto.


Mesmos problemas

A reportagem do Diário voltou ao conjunto e a constatação é de que os problemas continuam os mesmos dos anos anteriores. Uma moradora, que por medida de segurança não terá o nome revelado, afirmou que outros criminosos continuam agindo entre os blocos de apartamentos, e que o “comércio” do crime funciona em plena luz do dia. Segundo a moradora, os blocos de apartamentos servem como abrigo para inúmeros criminosos.

Menores de idade estão servindo como executores de planos orquestrados por bandidos maiores de idade. É de lá que saem quadrilhas inteiras que vem cometendo “arrastões” em bairros como Araxá e Santa Inês. A moradora revelou que após os assaltos cometidos em outros bairros os menores buscam abrigo nos apartamentos de pessoas ligadas aos bandidos.

“É um estado contante de medo aqui no conjunto. Quem ousa denunciar o paradeiro dessas pessoas pode até mesmo ser morto. Eu mesma já tive minha casa visitada por um homem que vende drogas no conjunto. Ele me abordou na porta do apartamento dizendo que a partir daquele momento estava tomando o prédio como ponto de venda de drogas. Se algum morador resolvesse falar isso à polícia seria duramente castigado”, revelou.


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