Polícia

Empresas ligadas a ‘golpe de consórcio’ são alvos de operação da Polícia Civil

Vítimas eram atraídas por anúncios em mídia social;  durante negociação com vendedores, eram induzidas a acreditar que com valor de entrada conseguiriam alcançar o bem


 

Da Redação

 

A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Deccon) representou  judicialmente por medida cautelar de suspensão das atividades econômicas e financeiras de três empresas utilizadas como instrumento para comercialização de consórcios de bens móveis e imóveis, induzindo o consumidor a erro sob a promessa de contemplação garantida, rápida e com data certa. Duas empresas funcionavam no centro e orla de Macapá e, a outra, apesar de possuir o CNPJ registrado no estado de Mato Grosso, estava atuando na capital amapaense.

 

De acordo com a delegada Janeci Monteiro, titular da Deccon, as vítimas eram atraídas por anúncios em mídia social e durante a negociação com vendedores os consumidores eram induzidos a acreditar que com valor de entrada conseguiriam alcançar o bem, com promessas de entrega garantida e rápida do valor contratado. Porém, o contrato era de consórcio e não há garantia de contemplação. Ainda não é possível mensurar o total de vítimas ou do prejuízo financeiro, devido à grande quantidade de boletins de ocorrências registrados diariamente.

 

As investigações iniciaram em dezembro de 2024 com a instauração do primeiro inquérito policial, resultando na Operação Pacto Falso, momento em que houve os cumprimentos de mandados de prisões preventivas e buscas e apreensões nas empresas. Em Macapá, dois empresários foram presos.

 

Mesmo após as prisões, as empresas não cessaram suas atividades, o que culminou na segunda fase da operação, com nova representação judicial.

 

“Após as prisões, tivemos um expressivo número de registros de boletins de ocorrências e as instaurações de outros inquéritos policiais. Além disso, precisávamos coibir  a continuidade delitiva e o prejuízo financeiro aos consumidores. A representação da suspensão das atividades econômicas e financeira se fez necessária e agora, por decisão judicial, as empresas utilizadas no esquema estão com atividades suspensas”, disse a autoridade policial.

 

O consumidor que tiver sido vítima pode procurar a Deccon, situada na avenida FAB, nº 1849, Santa Rita, Macapá.

 


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