Polícia

Estuprador e matador de Sarinha sofre atentado no Iapen

Agressor, coincidentemente ou não, quase tira a vida de Ualafe Souza, por esganamento, o modo como ele matou a menina de apenas nove anos


Menos de 24 horas após dar entrada no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), Ualafe de Oliveira de Souza, 28 anos, que estuprou e matou Sarah de Souza.

Segundo o policial, o criminoso se encontrava no início da tarde desta sexta-feira, 17, numa cela do pavilhão do Iapen onde ficam presos com os mais variados problemas mentais.

 

Na hora do banho de sol, pouco depois do almoço, um desses detentos viu Ualafe sozinho numa cela, e o chamou para conversar. O matador de Sarah se aproximou das grades quando foi atacado pelo pescoço.

 

O prisioneiro agressor tentou matar o outro, esganado. O diretor Luiz Carlos disse que o homicídio não foi perpetrado porque uma psicóloga, que estava nas proximidades, correu e conseguiu demovê-lo do ato.

“Foi tudo muito rápido. A presença da psicóloga foi providencial. Imediatamente o acusado de estupro e morte foi levado para atendimento médico no Hospital de Emergência e trazido de volta para o Iapen, onde passará por um período de adaptação, até ser decidido onde ele ficará à espera dos procedimentos judiciais”, disse o delegado Luiz Carlos.

O diretor do Iapen ainda informou que o agressor de Ualafe Oliveira de Souza é classificado pelos profissionais que já o atenderam como indivíduo de alta periculosidade com todos os indicativos de psicopatia. Ele está preso porque matou a própria mãe.

 

Entenda o caso

O juiz que presidiu a Audiência de Custódia a que foi submetido Ualafe de Oliveira de Souza, que estuprou e matou por estrangulamento a menina Sarah Lopes de Souza, de 9 anos, quarta-feira, 15, no bairro Pedrinhas, determinou que ele fosse encaminhado, provisoriamente, para a enfermaria do Iapen ou para local adequado para confirmação ou não de sua sanidade mental.

Na quarta-feira, 15, à tarde, acompanhado por Johnatan dos Santos Almeida, iludindo Sarah de que iria atrás de pipas para empinarem, levou a menina a uma área de mato, onde a estuprou e depois a matou por estrangulamento sob o testemunho passivo do comparsa, apelidado de ‘Dinossauro’.

 

Ualafe Souza friamente confessou os crimes para a polícia, imprensa e Justiça, inclusive contando detalhes dos abusos que praticara na vítima. Ele, antes da prisão, tentou despistar as investigações policiais, informando que vira a menina, que chegava a ser sua parenta, entrando num carro preto.

Depois, simulando preocupação com o desaparecimento da criança, embrenhou-se no mato onde cometera a selvageria, e tentando se passar por herói comunicou a familiares, vizinhos e outras pessoas que vasculhavam a área, que achara Sara, porém morta.

 

O achado da menina, que carinhosamente era conhecida por Sarinha, ocorreu depois de Ualafe ter ido participar de culto evangélico da denominação religiosa a que ele pertence, isso logo depois de liquidar a parenta. Acompanhando-o no culto, foi Dinossauro.

 

A vítima Sarah Lopes de Souza era estudante da escola Wilson Malcher, onde fazia o 4º ano do Ensino Fundamental. Ela também era evangélica da mesma denominação de seu algoz. Sarinha cantava no coral da igreja.

 

Preso por policiais militares e civis, o indivíduo foi encaminhado para Audiência de Custódia, juntamente com o comparsa Dinossauro. Esse foi liberado e o matador da menina encaminhado para a penitenciária no início da tarde de quinta-feira

 

Decisão

O magistrado da Audiência de Custódia, ao determinar a realização de exames mentais em Ualafe, ressaltou que caso venha a ser comprovado que ele é insano mental, que seja encaminhado a local específico para cumprimento de medidas de segurança.

 

A Johnatan dos Santos Almeida, o Dinossauro, foi concedida liberdade provisória, mediante medidas cautelares diversas da prisão: comparecimento bimestral, todo dia 16, perante o Juízo, para comprovação de endereço fixo e ocupação lícita; não se ausentar da Comarca de Macapá por mais de sete dias, sem prévia comunicação e autorização do Juízo.

 

Reportagem: Jair Zemberg
Redação: Douglas Lima

 


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