Polícia

Faccionado é morto durante intervenção policial no Congós

Família ameaçada por criminoso acionou a polícia. André Felipe investiu contra os policiais e acabou alvejado. Ele morreu no Hospital de Emergências. Família que o denunciou abandonou a casa e fugiu com medo de ser morta por faccionados.


Elden Carlos
Editor-chefe

 

Respondendo a pelo menos oito processos judiciais por crimes como latrocínio (roubo seguido de morte), assaltos, receptação e ameaça, além de ser considerado faccionado, André Felipe Rodrigues Gonçalves, de 24 anos, foi morto na manhã de quinta-feira (11) durante uma intervenção de policiais do 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM) em área de passarela localizada no final da Avenida Evandro Carneiro de Melo [16ª Avenida] do bairro Congós, zona Sul da capital.


Segundo a polícia, André estava ameaçando moradores de uma residência próxima. A família denunciou o caso e os policiais seguiram para o endereço. As vítimas indicaram o imóvel onde Felipe estava homiziado.

Ao chegar no endereço, os militares perceberam a porta entreaberta. Segundo relatório do Centro Integrado em Operações de Defesa Social (Ciodes), Felipe teria afirmado em voz alta “que não seria preso’, sacando uma arma em seguida. Ao apontar o armamento contra os policiais, ele acabou neutralizado com disparos.

Uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros Militar foi acionada e socorreu o criminoso. Felipe foi levado ao Hospital de Emergências, mas não resistiu. O corpo foi removido para o Departamento de Medicina Legal (DML) da Polícia Técnico-Científica (Politec) para ser necropsiado.

A arma usada pelo faccionado, de fabricação artesanal, carregava munição calibre 380. O armamento do marginal e as pistolas dos policiais envolvidos na ocorrência foram apresentados no Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp), Pacoval, onde o caso foi registrado.

Fuga
Em meio ao atendimento da ocorrência a família que havia sido ameaçada por André Felipe, e que fez a denúncia à polícia, teria recebido a informação de que a facção ao qual o criminoso pertencia mandou recado afirmando que os moradores seriam mortos e o imóvel destruído.

Imediatamente as vítimas arrumaram roupas e móveis e deixaram o local, com escolta da polícia. O local é considerado área de risco por causa da presença de membros de organizações criminosas.

 

Reportagem e fotos: Jair Zemberg


Deixe seu comentário


Publicidade