Polícia

Grávida simulou sequestro, estupro coletivo, cárcere e ameaça de decapitação, conclui polícia

Diovanna Lopes, de 22 anos, simulou ter sido sequestrada, estuprada coletivamente e mantida em cativeiro. Ela queria chamar atenção do companheiro para que eles reatassem.


A delegada Sandra Dantas, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) indiciou por falsa comunicação de crime (Art.340) do Código Penal Brasileiro, Diovanna da Costa Lopes, de 22 anos, que no dia 5 deste mês declarou à polícia que havia sido sequestrada, estuprada coletivamente e mantida em cárcere privado por quatro homens.

Grávida de 7 meses, Diovanna relatou ter sido abordada na saída da UBS Lélio Silva, no Buritizal, levada inicialmente para uma casa na mesma região onde foi violentada e depois transferida para um cativeiro na comunidade de Abacate da Pedreira de onde teria escapado durante a madrugada do dia 7.

“Foi um caso que causou grande comoção pelo fato de que essa mulher afirmou ter sido violentada sexualmente e ainda ameaçada de decapitação e de ter o filho extraído da barriga. Após várias contradições em depoimentos prestados por dois dias, e com base nos exames periciais que não constataram nenhum tipo de violência sexual, ela confessou que tudo não passou de uma armação para forçar seu companheiro a voltar com ela”, disse Dantas.

A mulher revelou que o objetivo era fazer com o marido voltasse para ela. “Ela foi deixada no dia 5 pelo companheiro na UBS. Ele deu a ela dez reais para que ela retornasse de mototáxi. Porém, ai deixar a UBS ela foi para casa de amigos onde montou o teatro todo. A grávida comprou um chip e pediu para que fosse amarrada e fotografada. Em seguida as fotos foram encaminhadas ao companheiro. A mulher só não contava que o rapaz fosse procurar a polícia para denunciar o caso”, esclareceu a delegada.

Ao saber que o pai de seu filho havia procurado a polícia, Diovanna foi para comunidade de Abacate da Pedreira onde fez nova simulação. “Com os elementos em mãos nos decidimos recriar os passos dela. A verdade foi esclarecida e agora ela passa de vítima à condição de acusada”, explicou a delegada.

Diovanna foi ouvida em depoimento, indiciada e agora responderá ao processo em liberdade. A delegada Sandra Dantas disse que não foi a primeira vez que a mulher fez simulações desse tipo.


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