Guarda municipal flagrado estuprando sobrinha de 14 anos já está na penitenciária
Justiça converteu para preventiva prisão em flagrante do agressor e entendeu que há indícios suficientes da autoria e prova da materialidade do crime

Da Redação
Já está recluso no Centro de Custódia do bairro Zerão, zona sul de Macapá, o guarda municipal Flávio Ferreira Goiana, de 54 anos, acusado de estuprar a própria sobrinha, uma adolescente de 14 anos de idade.
Conforme consta na decisão da Justiça, que na segunda-feira, 9, converteu para preventiva a prisão em flagrante do agressor, há indícios suficientes da autoria e prova da materialidade do crime. Além disso, em razão da gravidade dos fatos e para manter a ordem pública, haja vista que a vítima e Flávio Goiana residem no mesmo ambiente familiar, o Judiciário amapaense entendeu pela inadequação de medidas cautelares menos severas.
Goiana foi preso no último domingo, 8, por uma equipe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). Segundo relatório, a menina estava estendendo roupas no quintal de casa, no bairro Perpétuo Socorro, quando ele a chamou para que lhe fizesse um favor. Sem desconfiar e ficando totalmente vulnerável, a menor foi agarrada e levada para a sala do imóvel pelo agressor, que aumentou o volume do som e praticou o ato criminoso.
O irmão mais novo da vítima, que tem 13 anos e que estava no andar de cima da residência, ouviu os gritos de socorro e chamou o pai, que conseguiu capturar o suspeito até à chegada da polícia.
O resultado do exame de conjunção carnal realizado na Polícia Científica deu positivo. Na delegacia foi descoberto que a garota vinha sendo abusada sexualmente pelo tio desde que ela tinha dez anos de idade.
“O laudo médico indicou ruptura himenal de natureza antiga, reforçando a suspeita de que os abusos não ocorreram apenas naquele dia. Então o que mais chamou a atenção, neste caso, foi o sofrimento silencioso e contínuo de uma menina em plena adolescência, dentro do próprio ambiente familiar. É um tipo de violência que ultrapassa o físico: tenta silenciar, apagar e dominar. A resposta do estado precisa ser dura, rápida e humana”, declarou o delegado Raphael Paulino, plantonista da Deam e responsável pelo procedimento flagrancial.
Segundo informações, mesmo advertido de seus direitos, Flávio Goian a que admitiu o ato diante dos policiais e testemunhas, se recusou a assinar qualquer documento após orientação de sua defesa.
A vítima recebeu apoio psicológico. O caso segue sob investigação para esclarecer todos os detalhes. A Polícia Civil já comunicou os fatos ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.
“Nenhuma criança ou adolescente deve viver sob o medo. Onde houver silêncio, haverá escuta. Onde houver abuso, haverá resposta”, concluiu o delegado.
Em nota, a Guarda Civil Municipal de Macapá manifestou absoluto repúdio ao gravíssimo crime e reiterou que não compactua com qualquer tipo de violência, especialmente contra os mais vulneráveis, e que toda a conduta individual será tratada com o rigor que o caso exige, conforme os ditames legais e institucionais.
A Corregedoria da Guarda Municipal também foi acionada e está acompanhando de perto a apuração dos fatos.
O comando da Guarda reafirmou compromisso com a legalidade, com a ética e com a proteção da população macapaense, deixando claro que não haverá tolerância com desvios de conduta.
Ele pediu ainda, serenidade à população e garantiu que todas as providências cabíveis serão adotadas, conforme prevê a legislação, a fim de assegurar a responsabilização devida e a preservação da confiança no serviço público prestado pela instituição.
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