Polícia

Homem é condenado a 19 anos de prisão por matar garoto de 8 anos com tiro nas costas

Crime ocorreu em outubro de 2016 no Parque dos Buritis, zona norte de Macapá. Defesa nega intenção de matar, mas Conselho de Sentença considerou homicídio duplamente qualificado.


O Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá condenou nesta sexta-feira (28), por homicídio duplamente qualificado, o ajudante de pedreiro Rosivaldo Cardoso dos Santos, de 24 anos, que foi denunciado pelo Ministério Público do Amapá pela morte do estudante Jadson Lauriano Palheta Lima, de 8 anos, baleado nas costas na noite de 9 de outubro de 2016 no Parque dos Buritis, zona norte de Macapá.

Após seis horas de julgamento o juiz Luiz Nazareno Hausseler sentenciou o réu a cumprir pena de 19 anos e 20 dias no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Na dosimetria o magistrado aplicou pena de 14 anos de reclusão pela impossibilidade de defesa da vítima. Para o motivo torpe o juiz acrescentou mais 2 anos e 4 meses de prisão, somados a mais um sexto de pena por corrupção de menor. O regime para cumprimento inicial da pena é fechado. Rosivaldo já está preso desde fevereiro de 2017.

A defesa do condenado disse que já recorreu da decisão, pois mantém a tese de homicídio culposo, que é quando não existe a intenção de matar. Após o julgamento o condenado retornou ao presídio estadual, agora, como condenado.

Morte

O estudante Jadson Lima, de 8 anos, brincava na frente de casa, na rua Ermínio dos Santos Brito, bairro Parque dos Buritis, por volta de 21h de 9 de outubro de 2016 quando foi alvejado pelas costas por Rosivaldo Cardoso.

Há época a polícia informou que Rosivaldo e um comparsa – de 17 anos – chegaram ao local em uma motocicleta para assassinar o tio da criança. O adolescente pilotava a moto. Rosivaldo desceu já armado e passou a efetuar os disparos. Testemunhas afirmam que a criança teria gritado antes de ser alvejada.

O menino ainda foi socorrido e encaminhado à unidade de saúde, mas não resistiu. Rosivaldo fugiu e posteriormente se apresentou à polícia. Em depoimento inicial ele declarou que havia bebido na noite do crime e que não atirou propositalmente contra o estudante. Relatou, ainda, que soube da morte no dia seguinte. Quatro meses depois de prestar depoimento ele teve a prisão preventiva decretada.


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