Polícia

Homem morto a tiros em Santana tinha assassinado o padrasto em 2018

Ruanderson Videira, o ‘Bê’, de 19 anos, havia assassinado, em 2018, seu padrasto, Claudemir Souza, de 42 anos, com uma facada no pescoço.


Ruanderson Videira, o ‘Bê’, de 19 anos, foi morto a tiros

Elden Carlos – Editor

 

A Polícia Civil do município de Santana, distante 17 quilômetros de Macapá, instaurou inquérito para apurar o assassinato de Ruanderson Videira dos Santos, de 19 anos, que foi morto a tiros na noite da última segunda-feira (20) em uma área de ponte localizada no final da Avenida Mário Andrade, bairro Remédios I.

A vítima estava em frente à residência de um amigo, por volta de 22h, quando dois homens se aproximaram e abriram fogo. ‘Bê’, como era conhecido, ainda correu para o interior do imóvel, mas foi alvejado dentro do banheiro. Os criminosos fugiram na sequência.
O homem alvejado ainda foi socorrido e levado até a avenida, mas não resistiu. O socorro médico atestou o óbito no local. Policiais do 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM) realizaram buscas na região, mas não localizaram os suspeitos. A polícia acredita em possível acerto de contas. O crime tem características de execução.

Regime aberto
Ruanderson Videira cumpria pena de 4 anos no regime aberto domiciliar pelo crime de lesão corporal seguida de morte (Art.129). Em 15 de junho de 2018, Ruanderson matou com uma facada no pescoço seu padrasto, Claudemir Souza da Silva, de 42 anos, o ‘Jacaré’.

O crime ocorreu às 23h42 em um bar localizado no bairro Remédios II. A cena foi gravada pela câmera de segurança de uma residência. A imagem mostra o algoz em pé, em frente à vítima, que está sentada. Em determinado momento, Bê desfere o único golpe e sai caminhando. A vítima levanta com a mão no pescoço. A imagem não mostra o momento em que ele cai no chão agonizando.

Segundo denúncia do Ministério Público do Amapá, vítima e acusado tinham uma relação conturbada, com um histórico de agressões. Naquela noite, segundo o inquérito policial, eles tiveram nova discussão depois que Claudemir xingou a mãe do enteado.
Durante o julgamento, ocorrido em 13 de novembro de 2019, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da 2ª Vara Criminal de Santana, desclassificou a acusação de homicídio (Art.121) para lesão corporal seguida de morte (Art.129).

Com isso, Ruanderson foi condenado a 4 anos de prisão com início da sentença em regime aberto, podendo recorrer em liberdade. A polícia vai apurar agora se a morte dele (Bê) tem relação com o crime registrado em 2016.

 


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