Incêndio em subestação não foi originado por raio, revela laudo da Politec
Caso foi detalhado nesta quarta-feira (11), pela Polícia Civil, durante coletiva de imprensa. Laudo preliminar aponta que incêndio na subestação Macapá foi originado pela queima de uma bucha, e não por raios.

Elden Carlos e Railana Pantoja
Da Redação
Um laudo preliminar, emitido pela Polícia Técnico-Científica (Politec), descarta a possibilidade de que o incêndio que atingiu a subestação Macapá, na noite de 3 de novembro, deixando 13 dos 16 municípios do estado sem energia elétrica, tenha sido provocado por um ou mais raios.
A afirmação foi feita na tarde desta quarta-feira (11) pela delegada da Polícia Civil do Amapá, Janeci Monteiro, titular da Delegacia de Crimes Contra o Consumidor (Deccon), durante entrevista coletiva na sede da Delegacia Geral de Polícia Civil (DGPC).
A delegada declarou que as investigações para apurar os fatos tiveram início a partir do momento em que a empresa responsável pela subestação [Isolux] se manteve em silêncio sobre o sinistro, não emitindo, sequer, nota oficial sobre o ocorrido.
“Diante da possibilidade de que não houvesse sido um fenômeno da natureza, em razão de que não houve nenhum informe oficial da empresa, iniciamos a investigação, inclusive, com representação, por meio de ordem judicial, para entrada da Polícia Civil nas instalações da empresa, no sentido de que a Polícia Técnico-Científica (Politec) fosse realizar perícia no local para se identificar se o sinistro foi provocado por descarga atmosférica (raios) ou outro evento”, disse a presidente do inquérito.
Janeci também explicou que o laudo preliminar aponta que o incêndio foi originado a partir de uma das buchas do transformador.
“Nesse momento, o laudo preliminar indica que o dano no transformador foi ocasionado não por um raio, mas por outro motivo. O perito emitiu constatação de que o problema ocorreu em uma das buchas do transformador, gerando o incêndio, que foi contido pelo Corpo de Bombeiros do Amapá, já que não havia na empresa uma guarnição de combate a incêndio. Os dirigentes da empresa estão sendo ouvidos para esclarecimento dos fatos. Essa oitiva ocorre de forma cautelosa, já que esses dirigentes e técnicos também estão trabalhando para restabelecimento da energia no estado. Tudo será devidamente esclarecido e os culpados, punidos”, afirma a delegada.
O delegado-geral da Polícia Civil do Amapá, Antônio Uberlândio, destacou que a PC representou pelo pedido de ordens judiciais e que o escritório da empresa, na subestação, foi alvo de uma operação onde foram apreendidos documentos que serão analisados no inquérito.
Uberlândio esclareceu ainda que a Deccon pediu o bloqueio de R$ 500 milhões das contas da empresa que opera a subestação para que danos sejam reparados. Inicialmente a justiça estadual concedeu o pedido, em parte, assegurando bloqueio de R$ 50 milhões.
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