Polícia

Integrantes de facção amapaense são presos em Santarém (PA)

Quadrilha amapaense estava planejando assaltos em Santarém (PA), e pretendia fazer a instalação de uma célula criminosa que tem ramificação no Amapá, mas que atua em nível nacional.


Elden Carlos
Editor

O delegado da Polícia Civil de Santarém, região Oeste do Pará, José Kleidson de Castro, da Unidade Integrada Pará Paz (UIPP) Nova República, comandou na noite dessa sexta-feira (07) a prisão de uma quadrilha formada por integrantes de uma facção nacional que tem ramificações no Amapá, e que estava a uma semana no município paraense.

Eles foram presos em um carro de passeio que foi interceptado no cruzamento da Rua Borges Leal com a Avenida Orlinha, bairro Caranazal, na sede do município. A interceptação contou com apoio de policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM).


Durante a revista veicular foram apreendidos cinco aparelhos celulares, mais de R$ 5 mil em dinheiro e papelotes de drogas. Na casa do motorista da quadrilha os policiais apreenderam um revólver calibre 38 e uma pistola calibre Ponto 40. O armamento pertencia ao grupo.

Segundo o delegado – durante entrevista, por telefone, ao Diário do Amapá – as investigações iniciaram após informações que revelavam a presença de um grupo criminoso que estaria se preparando para cometer crimes na cidade e fazer a instalação da célula criminosa naquela área.

“Estávamos fazendo o monitoramento desses criminosos há uma semana. A informação que se tinha era de que eles se preparavam para cometer assaltos a caixas eletrônicos e outras instituições financeiras, porém, a operação forte deles é o tráfico de drogas. Eles tentavam instalar a célula dessa organização criminosa aqui na nossa cidade, mas conseguimos êxito em desbaratar essa quadrilha”, disse o delegado.

A polícia local não divulgou nomes e nem imagens, porém, o Diário apurou que os presos foram identificados como Alex Marlon da Silva Figueira; Ingrid da Silva de Souza e José Rodrigues Carvalho, o ‘Gato Mestre’, considerado o chefe do bando. No Amapá, segundo a polícia, Gato Mestre havia recebido o benefício da prisão domiciliar e deixou o Iapen acompanhado por monitoramento eletrônico.

Logo após deixar a prisão, José Rodrigues rompeu a tornozeleira e fugiu do estado. Um quarto homem que estava no veículo acabou liberado por falta de provas, mas poderá ser intimado a prestar depoimento no curso das investigações.


“Havia informação da existência de mais armas em outras residências que estariam servindo como ‘pontos de apoio’, mas não encontramos durante as diligências. Nas buscas acabamos detendo um homem que apresentou documentos falsos. Após levantamentos descobrimos seu nome verdadeiro. Ele é de Macapá e integra a mesma quadrilha. Esse homem também estava com mandado de prisão em aberto”, revelou o delegado.

O preso em questão é Manoel Luanderson Lopes Monteiro, foragido amapaense, e que usava documentos falsos com nome de José Roberto Barbosa Pereira.

Na manhã deste sábado (08) os presos foram levados à audiência de custódia onde o juiz plantonista converteu as prisões em flagrante em prisões preventivas, e determinou a transferência dos presos para o presídio local. Apenas Ingrid da Silva, que não possuía antecedentes criminais, vai responder em liberdade, mas não poderá deixar a cidade de Santarém e terá que obedecer às medidas cautelares impostas como: Comparecimento periódico em juízo para justificar suas atividades; proibição de manter contato com determinadas pessoas e o recolhimento domiciliar das 19h às 08h.

O bando preso foi autuado inicialmente por posse ilegal de arma de fogo, associação criminosa e falsidade ideológica. As investigações serão aprofundadas a partir dessas prisões para apurar o envolvimento de outras pessoas residente em Santarém com a organização criminosa.

A operação para prender os faccionados ocorreu de forma integrada com o serviço reservado de inteligência do 35º Batalhão de Polícia Militar (35º BPM) e sob a supervisão do delegado Jamil Casseb, superintendente regional do Médio e Baixo Amazonas.

“É importante frisar que essa cooperação entre as polícias Civil e Militar foi determinante para o êxito dessas prisões. O trabalho do promotor Bruno Fernandes, na defesa da manutenção das prisões preventivas, que foram asseguradas pelo judiciário, também precisa reconhecido. Hoje, desbaratamos uma quadrilha que poderia ter causado uma série de prejuízos ao patrimônio público e ao cidadão de bem que aqui reside. Nosso trabalho é zelar pela ordem pública e enfrentar qualquer organização que tente se instalar nessa terra”, concluiu o delegado.

Imagens: Divulgação/redes sociais


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