Investigado por assassinatos, empresário ‘Roma’ é executado no Muca
Empresário, de 40 anos, foi alvo de um ataque a tiros na noite de terça-feira (27), em frente ao estabelecimento comercial que ele administrava, no bairro do Muca. Três homens executaram a vítima.

Elden Carlos
Editor-chefe
O empresário Geandro de Freitas Barros, de 40 anos, o ‘Roma’, foi executado com vários tiros na noite de terça-feira (27), em frente ao estabelecimento comercial que ele administrava, na Avenida 26 de julho, esquina com a Rua Remo Amoras, bairro do Muca, zona sul de Macapá.
O Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciodes) registrou a ocorrência às 22h10. Testemunhas relataram que a vítima estava conversando com um grupo de pessoas em frente ao empreendimento quando três homens desembarcaram de um carro de cor vermelho, já com armas em punho, e passaram a efetuar os disparos.
Roma foi atingido com vários tiros. Os atiradores fugiram em seguida. A vítima chegou a ser socorrida por familiares e levado ao Hospital de Emergências de Macapá, mas não resistiu. A Delegacia Especializada em Crimes Contra Pessoa (Decipe) assumiu as investigações.
Crime organizado
A polícia acredita que a execução do empresário possa estar ligada aos crimes de assassinato e tráfico de drogas em que ele era investigado. Entre os casos, está à morte dos irmãos Natanael e Kevin Patrick.
Irmãos assassinados
Roma foi acusado de envolvimento no assassinato dos irmãos Natanael Monteiro do Nascimento, de 22 anos, e Kevin Patrick Nascimento Rodrigues, de 19 anos, o ‘Maniçoba’. As investigações apuraram que Maniçoba foi morto por Roma durante uma cobrança de dívidas. O assassinato foi presenciado por várias testemunhas. Os crimes ocorreram entre os meses de setembro e outubro de 2018. “Quanto à morte do Keven Patrick, o inquérito já foi concluso e o empresário indiciado por homicídio qualificado. Estamos encerrando o segundo inquérito, que apura a morte do irmão do Keven, o Natanael. As provas em ambos os casos são contundentes e não deixam dúvida quanto à materialidade dos crimes”, declarou há época o delegado Wellington Ferraz, que presidia os inquéritos.
Ainda de acordo com o delegado, após ter supostamente abatido seu devedor, o empresário teria encomendado a morte da principal testemunha do caso, Natan, que era irmão de Maniçoba. Natan foi assassinado em uma área de mata do bairro Marabaixo III cerca de um mês depois.
Prisão
Em dezembro de 2018 o empresário foi preso preventivamente durante uma operação da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe). No momento da prisão, ocorrida na zona sul de Macapá, o empresário carregava na cintura uma pistola calibre 380 com 15 munições. Ele recebeu voz de prisão em flagrante pela posse do armamento.
Roma teria dito que a arma foi comprada por ele há dois anos, mas a polícia descobriu, pelo registro, que ela pertencia a um agente penitenciário. Não existia registro por parte do servidor público de furto ou roubo do armamento. Segundo o delegado, o agente seria intimado a prestar depoimento.
Liberdade
Em janeiro de 2019, uma decisão do juiz Matias Pires Neto, da 4ª Vara Criminal de Macapá, colocou em liberdade o empresário Geandro Roma, preso desde 10 de dezembro de 2018, no Iapen, por porte ilegal de arma de fogo.
A defesa do empresário alegou excesso de prazo na prisão – que era preventiva – e constrangimento, uma vez que não houve início da instrução processual, e, ainda, observou no pedido que Roma tinha ocupação lícita e endereço comprovados, e que era primário.
Reportagem e fotos: Jair Zemberg
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