Polícia

Irmãos suspeitos de fornecer armas para facções são alvos em operação da Draco e Core

Um dos investigados era detentor de registro CAC; ele utiliza essa prerrogativa para adquirir armamentos legalmente e, posteriormente, desviá-los para o crime organizado


 

Elen Costa
Da Redação

 

A Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) deflagraram nessa quarta-feira, 3, uma ação que teve como objetivo desarticular uma associação criminosa voltada ao comércio ilícito de armas de fogo.

 

Denominada de ‘Janus’, a operação teve como alvo dois irmãos, um deles detentor de registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC). Ao todo, foram cumpridas sete ordens judiciais, sendo dois mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão.

 

 

Um dos investigados conseguiu se evadir momentaneamente da ação policial, mas foi capturado após perseguição e diligências das equipes.

 

De acordo com o delegado Estéfano Santos, titular da Draco, as investigações apontam que os suspeitos utilizavam a prerrogativa do registro de CAC para adquirir armamentos legalmente e, posteriormente, desviá-los para o crime organizado. Estima-se que pelo menos dez armas de fogo foram comercializadas ilegalmente pela dupla.

 

“Esse arsenal era destinado a fortalecer o poder bélico de facções atuantes no estado, sendo empregado em roubos, homicídios, na proteção de pontos de tráfico de drogas e no domínio de territórios”, contou a autoridade policial.

 

A investigação teve início em maio de 2023, após a apreensão de um armamento. O rastreamento da mesma levou a polícia até ao investigado que possuía o registro de CAC2. O irmão dele atuava como gestor financeiro e logístico, usando sua conta bancária para receber valores das transações e sua residência como ponto seguro para a entrega das armas.

 

“A ação foi batizada de Janus em referência à divindade romana de duas faces. O nome simboliza a dualidade do comportamento dos investigados: uma face pública legal, utilizando o registro de CAC perante o Estado, e outra face oculta, atuando no abastecimento de facções criminosas”, explicou o delegado.

 


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