Polícia

Juiz cancela júri de sargento da PM acusado de assassinar servidor do judiciário

Falta de advogados de defesa levaram o juiz Roberval Pacheco a transferir o júri do sargento da Polícia Militar (PM), Abraão Jardim, para o dia 13 de junho deste ano


Servidor do judiciário foi morto em 2016

O juiz Roberval Pantoja Pacheco, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá, adiou para o dia 13 de junho deste ano o julgamento do sargento da Polícia Militar do Amapá, Abraão Jardim Machado, que foi denunciado pelo assassinato do servidor da Justiça do Amapá, Gerson Martins Rodrigues, assassinado em novembro de 2016.

O julgamento estava marcado para ocorrer na sexta-feira (4), mas a ausência dos advogados levou o magistrado a cancelar o júri e transferir a sessão para a nova data. Ele aplicou multa de cinco salários mínimos aos advogados de defesa e determinou que o réu, no próximo júri, seja apresentado pela defesa constituída, ou, caso contrário, será assistido por defensores públicos, impedindo um novo cancelamento.

Crime

 

                                Sargento da PM foi preso pelo crime

Abraão Jardim Machado é acusado do homicídio do servidor da Justiça Gerson Martins Rodrigues. O crime ocorreu em novembro de 2016 e teria sido motivado por ciúmes. Gerson Martins Rodrigues tinha 46 anos e ingressou na Justiça do Amapá em 1999.

O técnico judiciário atuava como chefe de secretaria da 2ª Vara Criminal da Comarca de Santana. Segundo consta no inquérito policial, o servidor acabava de sair de um culto evangélico quando foi surpreendido a tiros, ainda dentro do carro que dirigia. Abraão Machado, o acusado é sargento da Policia Militar do Amapá. Em março deste ano o habeas corpus ao sargento militar, preso no Centro de Custódia do Zerão, foi negado pelo relator do processo, desembargador Rommel Araújo de Oliveira, acompanhado à unanimidade em Secção Única do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap). Segundo o voto do relator, Abraão Jardim responde por outros crimes e, no caso em julgamento, fica expresso que mesmo separado há cinco anos de sua ex-esposa reiteradamente a ameaçava, conforme revelam os autos.

O chefe de secretaria da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Marco Antônio Monteiro de Brito, ressalta que há uma prioridade em casos como o do sargento, quando o réu se encontra sob custódia do estado. “Nós temos essa prerrogativa de dar rapidez no andamento de casos em que réu esteja preso”, explica. Além do caso do sargento Abraão Jardim, serão realizados no mês de maio mais 12 julgamentos em sessões plenárias pela 1ª Vara do Tribunal do Júri e 25 audiências de instrução e julgamento.

O titular da unidade, juiz Luiz Nazareno Borges Hausseler, destaca o empenho da 1ª Vara do Tribunal do Júri em solucionar o mais rápido possível os casos de crimes contra a vida. “Nosso maior esforço é dar respostas à sociedade buscando sempre, dentro dos princípios do direito, a justiça de forma rápida e eficiente”, conclui o magistrado.


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