Polícia

Juiz decreta prisão preventiva de motorista de BMW

Dawson da Rocha, de 39 anos, atingiu o carro de um casal na noite de sexta-feira (15), no bairro Santa Rita. As vítimas morreram na hora. Exames da Politec, realizados em Dawton, atestaram ingestão de bebida alcoólica e uso de entorpecente (cocaína).


Elden Carlos
Editor-chefe

 

O juiz João Matos Júnior, no plantão do Fórum de Macapá, converteu em preventiva na noite deste domingo (17) a prisão em flagrante do motorista Dawson da Rocha Ferreira, de 39 anos, que na noite de sexta-feira (15), dirigindo uma BMW em alta velocidade pela Avenida Padre Júlio, bairro Santa Rita, zona Central de Macapá, atingiu um carro Celtra onde estava o casal Mickel da Silva Pinheiro, de 42 anos, e Rosineide Batista Aragão, de 49 anos. Com o impacto as vítimas morreram na hora.

Ao promover a conversão o magistrado diz que a conduta de Dawson gerou consequências graves a vida de Mickel e Rosineide.

“No presente caso, não há dúvidas de que o acusado se envolvera em um grave acidente automobilístico e que a sua conduta gerou consequências graves a vida de duas pessoas, falecidas no local, o que se extrai das oitivas realizadas perante a Autoridade Policial e pelas próprias declarações do Autuado, portanto, suficientes os indícios de autoria”, destaca.

O plantonista ainda afirma existir na peça acusatória a narração da alta velocidade imprimida pelo motorista, o que gerou risco iminente à ordem pública e a vida das pessoas. “Além disso, há indícios de velocidade excessiva e ilegal imprimida no veículo, em via pública, atitude dotada de irresponsabilidade e desprovida de senso mínimo da existência de normas de convívio em uma coletividade, que veio a acarretar a morte de duas pessoas. Portanto, evidente o risco que impõe à ordem pública”, narra João Matos.

O magistrado também atenta para o fato de que, mesmo não tido sido possível a realização do teste de alcoolemia no local, já que havia suspeita de hemorragia interna no motorista da BMW, e que ele precisou de atendimento médico de urgência, foram identificados em exames posteriores sinais de ingestão de bebida alcoólica e uso de entorpecente (cocaína), conforme laudos expedidos pela Polícia Técnico-Científica (Politec).

“A materialidade delitiva, por sua vez, restou demonstrada pelo exame clínico (fls. 23 e 24), que concluiu que o flagranciado apresentava sinais de ingestão de bebida alcoólica, bem como, pelo laudo de constatação de substância entorpecente (cocaína), fl. 71, depoimentos das testemunhas, imagens, Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, Boletim de Ocorrência da Polícia Militar e demais documentos juntados aos autos”, aponta o juiz plantonista da Comarca de Macapá.

A defesa do motorista entrou com pedido de liberdade provisória ou aplicação de medidas cautelares para tentar manter Dawson em liberdade, mas a apelação foi negada. Ele passaria por exame de corpo delito na Politec antes de ser encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) onde ficará à disposição da justiça.

 

Imagens: Jair Zemberg


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