Juíza concede liberdade provisória a advogado investigado por estelionato virtual
Na decisão a magistrada considerou que o preso tem endereço fixo e não tem antecedentes criminais, mas observou que a decisão depende de medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento diário.

Elden Carlos
Editor-chefe
A juíza Délia Silva Ramos, do Núcleo de Garantias do Fórum de Macapá, concedeu na noite de sexta-feira (10) a liberdade provisória do advogado Lourran Cristian Alfaia Barros, de 26 anos, preso em flagrante na tarde de quinta-feira (9) no estacionamento do Macapá Shopping, no bairro do Trem, no momento em que ele recebia várias mercadorias de uma loja de grife internacional, e que haviam sido compradas de forma ilícita, segundo declarou a delegada Áurea Uchoa, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Amapá.
Na decisão a magistrada considerou que o preso tem endereço fixo e não tem antecedentes criminais, mas observou que a decisão depende de medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento diário.
A juíza também acatou o pedido de quebra de sigilo telefônico de Lourran Cristian para que a autoridade policial possa identificar outras pessoas envolvidas no esquema de estelionato virtual, caso pelo qual o advogado é investigado.
Entenda o caso
O advogado Lourran Cristian foi preso em flagrante na tarde de quinta-feira (9) no estacionamento do Macapá Shopping, no bairro do Trem, no momento em que ele recebia várias mercadorias de uma loja de grife internacional, e que haviam sido compradas de forma ilícita, segundo declarou a delegada Áurea Uchoa, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Amapá.
De acordo com a presidente do inquérito, Lourran é suspeito de integrar uma organização criminosa especializada em estelionato virtual. “A gerência da loja nos procurou para comunicar que golpes com a utilização de cartões de créditos de terceiros vinham acontecendo há cerca de dois meses e meio, e que os prejuízos já superavam a cifra de R$ 400 mil”, declarou.
A delegada revelou ainda que a quadrilha tem ramificações no Amapá e Pará. “O esquema era operado do estado paraense. Os mentores utilizavam os dados de cartões de outras pessoas para realizar as compras. A retirada era feita por pessoas daqui. A mercadoria era despachada para Belém e de lá seguia para outros lugares”, complementou.
Em depoimento Lourran declarou à polícia que foi buscar as mercadorias como forma de pagamento de honorários por um serviço que ele ainda nem havia prestado.
“É importante frisar que já mapeamos essas pessoas envolvidas no esquema. Temos nomes e identidade visual delas. Além dessa prisão em flagrante, quatro pessoas também suspeitas de envolvimento foram encaminhadas para oitiva. Vamos aprofundar os trabalhos para dar uma resposta sobre o caso”, concluiu a delegada.
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