Juíza manda Sidney Leite para Casa de Custódia do Novo Horizonte
Titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes teve planos interrompidos pela Polícia Federal e Gaeco

O delegado titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), Sidney Leite, encontra-se recolhido no Centro de Custódia do Novo Horizonte, por ordem da juíza de direito Thina Sousa, em decisão tomada numa audiência de custódia acerca da operação ‘Queda da Bastilha’ executada nessa quarta-feira, 14, pela Polícia Federal e Gaeco com apoio de outras forças de segurança.
Preso na operação, preventivamente, após exame de corpo de delito no Departamento Médico Legal da Polícia Técnico Científica, o delegado Sidney foi encaminhado para a Polícia Federal, onde houve a audiência de custódia.
A juíza Thina Sousa manteve o mandado de prisão preventiva contra o titular da DTE. Mas decidiu suspender o recolhimento do delegado em um dos xadrezes da PF, encaminhando-o para o Centro de Custódia do Novo Horizonte.
A magistrada, ainda na audiência de custódia, negou pedido da Associação dos Delegados do Amapá e da Delegacia Geral para que Sidney Leite cumprisse a prisão preventiva na Core, Coordenadoria de Operações de Recursos Especiais, um braço da Polícia Civil com sede nas proximidades do Iapen.
Sidney Leite, segundo as investigações da PF e Gaeco, manteria relações criminosas com Tio Chico, um líder de facção criminosa recolhido no Iapen. Inclusive a decisão da juíza Thina de manter a prisão do delegado teria sido um áudio telefônico identificado como conversa entre ele e Tio Chico.
Na conversa, Sidney se comprometeria em conseguir um carro blindado ao líder de facção criminosa, quando esse saísse do Iapen, como também a sua própria residência para nela Tio Chico se hospedar, contando com a segurança do imóvel pertencer ao policial que se empavonaria dizendo que ninguém suspeitaria dele.
Queda da Bastilha
A operação Queda da Bastilha foi deflagrada para consumar investigações da Polícia Federal e Gaeco contra servidores públicos, advogados e presos do regime fechado do Iapen, que estariam praticando os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, falsidade ideológica, prevaricação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. A ação da organização criminosa se dava dentro e fora da penitenciária.
Sidney Leite, ao ter seus planos interrompidos pela operação Queda da Bastilha, estava licenciado das suas funções na Polícia Civil, desde julho deste ano, quando se desincompatibilizou para concorrer ao cargo de deputado estadual nas eleições de outubro do corrente ano.
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