Julgamento dos acusados pela morte de Ana Júlia pode entrar pela madrugada
Godofredo e Flávio teriam matado menina de cinco anos ao errar tiro em faccionado rival

Iniciado às 8h desta quarta-feira, 16, continua, pelo Tribunal do Júri da Comarca de Santana o julgamento dos acusados pela morte de Ana Júlia Pantoja, que tinha apenas cinco anos de idade. Eles são os seguintes: Flávio Ferreira Teodósio e Godofredo Barbosa do Nascimento, ambos de 18 anos. A oitiva da dupla terminou às 17h.
Após Godofredo e Flávio terem sido ouvidos, os advogados de acusação e defesa se revezam, através de teses, para análise do Conselho de Sentença. Os primeiros, pedindo a condenação dos réus. Os outros, a absolvição.
Como as partes litigantes têm dez horas para se pronunciar, cinco cada uma, presume-se que o julgamento da dupla chegue às três horas da madrugada de quinta-feira, 17.
O julgamento é presidido pela juíza titular da 1ª Vara Criminal e Tribunal do Júri da Comarca de Santana, Marina Lorena. A defesa dos réus é feita pelo advogado Osny Brito e três assistentes. A acusação, feita pelo Ministério Público, tem o causídico Cícero Bordalo como assistente.
Caso
O crime ocorreu em 15 de setembro de 2021, na Baixada do Ambrósio, área portuária de Santana. A criança estava caminhando sozinha pela rua, procedente de um comércio onde fora comprar lanche, quando foi atingida por um disparo de arma de fogo, no início de uma passarela.
Conforme os autos do processo, a dupla tentou matar um suposto inimigo pertencente a uma facção rival, sendo que por erro na execução o disparo atingiu a vítima de cinco anos, ocasionando sua morte.
Flávio foi denunciado como autor do disparo, e Godofredo confessou em depoimento que forneceu a arma do crime. Eles são réus desde setembro e respondiam pelos crimes de homicídio qualificado e organização criminosa.
Segundo a defesa dos acusados, no momento da ocorrência estaria havendo troca de tiros, tendo sido acidental o disparo feito em direção a Ana Júlia. A acusação dos réus contesta a versão e busca a pena máxima para a dupla.
“É muito claro pelas imagens das câmeras de segurança, que não estava havendo troca de tiros no momento em que Ana Júlia foi alvejada de forma covarde. Provaremos isso e iremos garantir a condenação em pena máxima dos assassinos da criança. A família e a sociedade amapaenses esperam a justiça por esse crime tão cruel”, disse o assistente de acusação, advogado Cícero Bordalo.
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