Polícia

Justiça ainda não se manifestou sobre pedidos de prisão dos envolvidos na morte de menina de 10 anos em Laranjal do Jari

O Diário apurou que em razão do recesso judiciário, o pedido já teria sido distribuído, mas ainda não apreciado pelo juiz.


Elden Carlos – Editor

Após identificar o terceiro suspeito envolvido no ataque que deixou dois adultos feridos e uma criança de 10 anos morta em Laranjal do Jari, distante 260 quilômetros de Macapá, o delegado da Polícia Civil, Danilo D’ávila, que assumiu as investigações, representou na sexta-feira (03) pelos pedidos de prisão preventiva dos homens que seguem foragidos.

O Diário apurou que em razão do recesso judiciário, o pedido já teria sido distribuído, mas ainda não apreciado pelo juiz. Com isso, o trabalho da polícia segue na forma do flagrante, já que as buscas pelos criminosos não cessaram desde a noite do crime, 2 de janeiro.

O delegado afirmou que aguarda a manifestação do judiciário para prosseguir com o trabalho. “Além das três vítimas que foram alvejadas no interior do imóvel, havia uma quarta pessoa na casa e que não foi ferida. Foi essa pessoa quem reconheceu fotograficamente os executores. Esse cidadão passou a ser nossa testemunha ocular. Agora, vamos aguardar o despacho do judiciário quanto aos pedidos”, relatou o delegado.

 

O caso

Na noite de quinta-feira (02) três homens armados invadiram uma casa localizada na Passarela Amapá, bairro Central, em Laranjal do Jari. O alvo dos criminosos – que integram uma facção – era Manoel Alves da Silva, que foi alvejado no braço esquerdo durante o ataque. Manoel é integrante de uma organização rival.

“É uma briga de facções. Apuramos que um líder da facção rival decretou a morte do Manoel e enviou os três suspeitos para executar o serviço. Quando eles invadiram o imóvel, Manoel correu para dentro de um dos cômodos onde acabou alvejado no braço”, disse o presidente do inquérito.

Durante os disparos, Beatriz Nascimento Resende, de 27 anos, levou um tiro no rosto. A filha de Beatriz, Ana Kethelly Resende Silva, de 10 anos, foi alvejada na cabeça. Os três foram socorridos e encaminhados ao Hospital de Emergências de Laranjal do Jari.

Segundo o Centro Integrado em Operações da Defesa Social (Ciodes), a menina morreu durante o procedimento cirúrgico. O corpo foi necropsiado pela Polícia Técnico-Científica (Politec) e depois liberado para o sepultamento que ocorreu nesta sexta-feira (03).

O único a não ser ferido no ataque foi o pai de Ana Beatriz. O homem agora passa a ser testemunha-chave do crime. Para o delegado D’ávila, o ataque foi um acerto de contas, mas a motivação ainda está sendo apurada


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