Liderança de facção criminosa, ‘Luizinho’ morre em confronto com o Giro
Luizinho era o ‘número 1’ de uma facção criminosa, e andava escoltado por no mínimo dois seguranças armados

Jair Zemberg
Da Redação
Por volta das 16h30 desta sexta-feira (24), em apoio à Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) e de posse de um mandado de busca e apreensão, expedido em segredo de justiça no dia 10/02/2023, pela Juíza de Direitos da comarca de Macapá, Gelcinete da Rocha Lopes, uma equipe GIRO do BOPE foi à casa de Luiz Carlos Ferreira da Silva, de 32 anos, vulgo Luizinho, localizada na Rua 03 de Abril, no bairro Vale Verde, às margens da antiga rodovia JK.
A equipe policial chegou em frente a residência de altíssimo padrão, como uma ‘mini mansão’, e os agentes se anunciaram como policiais militares que estavam ali para cumprirem um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça do Amapá. Porém, os policiais não obtiveram resposta, apenas em meio ao silêncio ouviram vozes do lado de dentro do portão, mas em seguida pairou um silêncio total.
Os policiais pisaram no portão e conseguiram abrir a porta, e na primeira área da casa, próximo à piscina, não foi avistado ninguém.
A equipe policial então avançou para o interior da residência, e quando chegaram à escada e já estavam acessando o segundo piso do imóvel, foram surpreendidos por disparos de arma de fogo.
Os policiais revidaram de forma proporcional, obrigando o infrator a recuar, e assim puderam alcançar de vez o segundo piso, quando então foram alvos de vários tiros pela segunda vez. Houve intensa troca de tiros e o infrator foi alvejado. Cessado o confronto, os policiais ouviram gritos vindos de um dos cômodos da casa, eles foram verificar e encontraram três crianças, que foram amparadas e tiradas com segurança do interior da residência.
Constatado que o indivíduo ainda mostrava sinais vitais, foram acionadas as equipes do SAMU e Bombeiros Militar, estas que constataram o óbito do indivíduo.
Os peritos da POLITEC atenderam a ocorrência, quando então foi confirmada a identidade do infrator, o vulgo Luizinho, que inclusive fazia o uso de tornozeleira eletrônica. Os policiais apreenderam a pistola calibre 380 que o criminoso usou no combate e os peritos recolheram muitos estojos de munição deflagradas no chão da casa. O Canil do BOPE esteve presente na ocorrência e o cão farejador encontrou considerável quantidade de maconha em um dos quartos da casa. Posteriormente a todos os procedimentos necessários, o corpo de Luiz Carlos foi removido para o Departamento de Medicina Legal- DML.
Segundo informações policiais, equipes da DCCP chegaram a fazer campana na rua próxima à casa do criminoso, que sempre andava armado e escoltado por no mínimo dois seguranças, todos armados com armas de fogo e que faziam questão de ser vistos para impor medo aos vizinhos.
Luizinho era investigado por vários crimes de homicídio, roubos e tráfico de drogas, inclusive era condenado a uma pena de 17 anos, 10 meses e 20 dias. Ele exercia o posto de “paizão” de uma facção e mandava executar integrantes de facção rival, por dívidas de drogas ou por alguma atitude que o desagradava.
A Polícia Civil recebia inúmeras denúncias de moradores do Vale Verde, a respeito das ações criminosas de Luizinho. Ele ameaçava de morte quem o contrariasse no bairro onde ele morava.
Chamava atenção das autoridades o alto padrão da casa do criminoso, que não apresentava nenhuma fonte de renda lícita, e o fato de o imóvel ser equipado por pelo menos nove câmeras de monitoramento, a começar do poste de iluminação da rua até a cozinha da casa.
A polícia segue nas investigações, com a certeza de que Luizinho era assessorado por outros comparsas na vida do crime; normalmente eram os indivíduos que puxavam o gatilho das armas para executar os alvos marcados para morrerem.
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