Macapaense é condenado a 4 anos de prisão por tráfico internacional de drogas no Reino Unido
Luan Irving, de 31 anos, foi preso no dia 24 de dezembro do ano passado com 101 papelotes de cocaína no estomago. Ele foi flagrado pelo raio-X do aeroporto de Heathrow, no Reino Unido.

Elden Carlos
Editor-chefe
O macapaense Luan Irving Dos Santos Monteiro, de 31 anos, foi condenado pelo Tribunal da Coroa de Isleworth, no Reino Unido, a 4 anos e 2 meses de prisão pelo crime de tráfico internacional de drogas. Luan foi preso no aeroporto de Heathrow, em Londres, na véspera de Natal do ano passado. Ele havia ingerido 101 pacotes de cocaína. O macapaense foi flagrado ao passar pelo raio-X do aeroporto. A prisão foi realizada por agentes da National Crime Agency (Agência Nacional de Crime- NCA).
Em depoimento à justiça do Reino Unido, Irving se declarou culpado, o que reduziu sua pena em um terço. Ele declarou que ingeriu a droga antes de embarcar em São Paulo (SP) com destino ao exterior.
O amapaense disse que estava trabalhando como ‘mula’, e que o dinheiro recebido com o transporte da droga serviria para pagar dívidas que ele havia contraído com traficantes, e que sua família estava sendo ameaçada pelos bandidos. A droga está avaliada em cerca de R$ 700 mil.
Segundo a NCA, Luan Irving foi preso por volta de 16h (horário local) do dia 24 de dezembro de 2020. Após uma hora e meia, já havia expelido todos os 101 pacotes. A pureza das drogas era de 82 por cento. A imagem abaixo, disponibilizada pela polícia londrina mostra como estava o corpo do brasileiro.
“Este era um método de contrabando incrivelmente perigoso”, disse Ian Truby da autoridade britânica que investigou o caso do brasileiro. “Se qualquer um desses pacotes se partisse, as consequências poderiam ter sido fatais”.
“Em todos os níveis dessa cadeia de fornecimento, vemos criminosos envolvidos na violência e na exploração, razão pela qual estamos fazendo tudo o que podemos para atingir as redes envolvidas no tráfico de drogas”, concluiu o investigador.
O juiz Edward Connell, em seu despacho, disse: “Você deve ser condenado por seu delito, isto é, por evasão fraudulenta de uma proibição, ou em termos leigos, contrabando de drogas. Você se confessou culpado em um tribunal inferior, por causa de sua confissão de culpa inicial, você tem direito a uma redução de um terço em sua sentença. “O Brasil é um importante país de trânsito para o contrabando de cocaína, isso porque faz fronteira extensa com a Colômbia, Bolívia e Venezuela. Você trabalhava como trabalhador do sexo no Brasil, e a Covid afetava sua capacidade de ganhar dinheiro e tentava diminuir sua dívida com seus fornecedores de drogas. Seus fornecedores ameaçaram você e sua família. Você estava claramente motivado por recompensas financeiras e, depois de engolir 101 pacotes, deve ter tido alguma consciência da escala desta operação. Há um fator agravante na pureza das drogas, mas isso é contrabalançado por seu bom caráter anterior. Levo em consideração a sua saúde, o fato de você não falar inglês e o fato de que enfrentará uma pena de prisão fora de casa. Eu o condeno a quatro anos e dois meses de prisão. Você cumprirá metade de sua pena sob custódia e então será libertado. Você cumprirá o restante de sua sentença sob licença. Quanto à sua deportação, é um assunto do Ministério do Interior”, decidiu o juiz Connell.
(Com informações da National Crime Agency – NCA)
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