Polícia

Menores recrutados para o crime e prostituição

Os pais de meninas de 12,13 anos estão sendo praticamente obrigados a deixar suas filhas saírem à noite para se prostituir.


Os moradores do conjunto habitacional Mucajá, na zona sul da capital, está sendo palco de um crime que tem se tornado cada vez mais comum em Macapá, o aliciamento e prostituição de menores. Não bastassem os assaltos e a venda de drogas no conjunto que fica há poucos metros do comando da Polícia Militar, a prostituição infantil é outro esquema explorado pelos bandidos.

“Os pais de meninas de 12,13 anos estão sendo praticamente obrigados a deixar suas filhas saírem à noite para se prostituir. Basta olhar a movimentação de carros altas horas”, disse uma moradora que foi obrigada a mandar a filha para outra cidade onde ela passou a viver com uma tia por ter sido aliciada várias vezes. A violência descabida no local já resultou até mesmo em assassinatos no conjunto.

“Me vi obrigada a mandar minha filha ir morar com minha irmã porque uma mulher que é mandada dos bandidos aqui dentro já veio umas três vezes na minha casa dizer que eu tinha que deixar a garota sair à noite para atender o ‘chamado’ dos bandidos. Achei melhor tomar essa atitude do que entregar minha filha para a prostituição”, asseverou.

Recrutados para o crime
Menores de idade estão servindo como executores de planos orquestrados por bandidos maiores de idade. É de lá que saem quadrilhas inteiras que vem cometendo “arrastões” em bairros como Araxá e Santa Inês. A moradora revelou que após os assaltos cometidos em outros bairros os menores buscam abrigo nos apartamentos de pessoas ligadas aos bandidos.

“Quem ousa denunciar o paradeiro dessas pessoas pode até mesmo ser morto. Eu mesma já tive minha casa visitada por um homem que vende drogas no conjunto. Ele me abordou na porta do apartamento dizendo que a partir daquele momento estava tomando o prédio como ponto de venda de drogas. Se algum morador resolvesse falar isso à polícia seria duramente castigado”, revelou.


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