Polícia

Mergulhadores encontram tambor que estava amarrado a corpos das vítimas da chacina no Jari

Polícia Científica revelou identidade dos garimpeiros; quatro eram paraenses, dois maranhenses e dois amapaenses


 

Da Redação

 

Nesta segunda-feira, 11, mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá localizaram o tambor que estava amarrado aos corpos das vítimas da chacina no Vale do Jari, na divisa de Laranjal do Jari, (AP) e Almeirim (PA).

 

 

Após o resgate do oitavo e último corpo no sábado, 9, a Delegacia-Geral da Polícia Civil do Amapá solicitou uma nova imersão com o objetivo de encontrar o objeto, que pode ser peça-chave para a elucidação do crime.

 

Entenda o caso

Na quarta-feira, dia 6, seis corpos foram encontrados boiando no rio Jari, todos com marcas denunciando que as vítimas foram assassinadas de forma cruel, inclusive, submetidas à tortura.

 

Na sexta-feira, 8, o Grupo Tático Aéreo (GTA) encontrou outro corpo e, no sábado, 9, mais um, subindo para oito o número de vítimas.

 

As duas caminhonetes que pertenciam às vítimas foram encontradas incendiadas em um ramal, às margens do rio Jari, em  área de difícil acesso, no lado paraense.

 

O desaparecimento do grupo havia sido registrado na segunda-feira, 4, depois que ele atravessou a divisa e retornava para Laranjal do Jari.

 

Identificação

O trabalho minucioso da Polícia Científica revelou a identidade das oito vítimas da chacina. A princípio foi divulgado que todos eram do Amapá. Mas agora, a polícia já sabe que quatro eram paraenses, dois maranhenses e dois amapaenses.

 

Acompanhe a lista:

  • Gustavo Gomes Pereira, o ‘Gustavinho’, 30 anos, natural do Pará;
  • Paulo Felipe Galvão Dias, 30 anos, natural de Pará;
  • Janio Carvalho de Castro, o ‘Jane’ tura, 35 anos, natural do Pará;
  • Dhony Dalto Clotilde Neres, de 35 anos, o ‘Bofinho’;
  • Elison Pereira de Aquino, o ‘Dinho’, 23 anos, natural do Amapá;
  • Luciclei Caldas Duarte, o ‘Tripa’, 39 anos, natural do Amapá;
  • José Nildo de Moura, o ‘Zé ‘Doido’, de 38 anos, natural do Maranhão;
  • Antônio Paulo da Silva Santo, o ‘Toninho’, de 61 anos, natural do Maranhão

 

Força Tarefa

As forças de segurança do Amapá, em atuação conjunta com a polícia do estado do Pará, montaram uma força tarefa para esclarecer a carnificina. A investigação é conduzida pela Polícia Civil amapaense.

 

De acordo com informações, as vítimas eram de boa índole e não tinham ligação com atividades ilícitas. Um sobrevivente foi resgatado e tem ajudado nas investigações, fornecendo informações acerca dos autores da chacina.

 

A polícia apurou até o momento que o grupo negociava uma área na região de um garimpo em Monte Dourado, no Pará. As vítimas teriam sido confundidas com assaltantes que estão agindo no local.

 

Segundo informações, alguns suspeitos já foram identificados, mas ninguém preso.

 

Empenho e rigor

O governador do estado, Clécio Luís, informou, em nota, que mantém contato constante com o governador do Pará, Helder Barbalho, para acompanhar o caso.

 

Clécio determinou que as forças policiais do Amapá atuassem com máxima atenção, empenho e rigor nas investigações. O governador destacou que o episódio choca e entristece profundamente a sociedade. Ele também manifestou solidariedade e apoio às famílias enlutadas e afirmou que não medirá esforços para assegurar que a verdade prevaleça e que a justiça seja feita.

 

Também por meio de nota, a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública do Amapá (Sejusp) informou que as investigações sobre as execuções avançam de forma significativa. E que os trabalhos estão sendo realizados intensamente para levar os responsáveis à Justiça o mais rapidamente possível, garantindo rigor e transparência no processo.

 


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