Ministro do STJ mantém condenação de enfermeiro que mandou matar ex-namorado em Macapá
Weslley Lieverson do Carmo está condenado por ter sido o mandante do assassinato do ex-namorado Lorhan Amanajás, crime cometido em 2017

O ministro Messod Azulay Neto, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou monocraticamente o pedido de HC (habeas corpus), feito pela defesa do enfermeiro Weslley Lieverson Nogueira do Carmo, e manteve a pena de 25 anos de prisão imposta a ele pelo Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) pelo assassinato de seu ex-namorado, o psicólogo Lorhan Amanajás.
A defesa de Weslley defendeu a realização de novo julgamento, alegando, por exemplo, irregularidades nas nas investigações do crime, cerceamento de defesa em razão da não habilitação dos advogados em tempo hábil antes do julgamento, impossibilitando a análise do processo.
Os advogados do enfermeiro também pediu a suspensão provisória da pena até que os recursos sejam julgados do Superior Tribunal de Justiça e no Tjap.
Ao negar todos os pedido de Weslley, o ministro Messod Azulay jusitificou que, numa análise superficial, não há perigo em aguardar uma decisão de mérito. “Não obstante as razões apresentadas pela defesa, é imprescindível detida aferição dos elementos de convicção constantes dos autos para verificar a existência das ilegalidades sustentadas”, registrou na decisão.
Condenação
Em novembro do ano passado Weslley Lieverson Nogueira foi condenado à 25 anos de reclusão, inicialmente em regime fechado e perda do cargo público de técnologo em radiologia e enfermeiro, após dois dias de julgamento sobre o caso ocorrido em dezembro de 2017.
Weslley foi acusado de ter sido o mandante do assassinato do ex-namorado, Lorhan Amanajás, então com 27 anos, que morreu com três tiros no tórax em um carro no bairro do Pacoval, na Zona Norte de Macapá. O motivo do crime seria ciúmes por Weslley não aceitar o fim do relacionamento.
Entenda o caso
De acordo com a acusação, na noite de 28 de dezembro de 2017, por volta das 21h50, Lorhan Amanajás foi assassinado com três disparos de arma de fogo em frente à sua residência, na Avenida Pernambuco, no bairro do Pacoval. A vítima foi socorrida por moradores e levada ao Hospital de Emergências (HE), mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo os autos, Weslley do Carmo, que foi ex-companheiro do namorado da vítima, não aceitava o fim do relacionamento. Além de Weslley contratar uma pessoa para matar Lorhan, ele ainda deu fuga ao atirador em seu próprio carro.
Interceptações telefônicas e o cruzamento de dados de localização celular provaram a participação de Weslley no crime. Testemunhas afirmaram ainda que ele foi visto próximo à cena do crime minutos antes do assassinato.
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