Motorista marítimo é indiciado por aborto no Arquipélago do Bailique
Caso envolve uma jovem, de 18 anos, grávida de 7 meses, que entrou em trabalho de parto prematuro. O motorista da ‘ambulancha’ omitiu socorro, corroborando para o aborto da criança.

Elden Carlos
Editor-chefe
Um servidor público, de 37 anos, foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de aborto ao omitir socorro a uma grávida, de 18 anos, que estava no sétimo mês de gestação e havia entrado em trabalho de parto prematuro. O caso ocorreu no Arquipélago do Bailique. De acordo com o delegado Nicolas Bastos, da Delegacia de Polícia do Interior (Depol), o indiciado trabalha como motorista de uma ‘ambulancha’ – embarcação adaptada utilizada para o transporte de pacientes que necessitam de atendimento especializado.
O delegado relata que a mulher chegou à Unidade Básica de Saúde (UBS), do Bailique, em trabalho de parto, e foi determinada a transferência para a capital, o que foi negado pelo motorista marítimo.
“A mulher, de 18 anos, no 7º mês de gestação, chegou à UBS do Bailique em trabalho de parto prematuro. O médico plantonista determinou, ainda naquela madrugada, o encaminhamento da paciente para Macapá. Apesar de ter sido devidamente comunicado da situação e estar de plantão, o motorista se recusou a fazer a viagem durante a madrugada, o que levou a moça a perder o bebê. Por isso ele foi indiciado pelo crime de aborto, uma vez que, como servidor público, tinha o dever legal de agir. Na omissão, ele responde pelo resultado (aborto) ”, explicou o delegado.
O indiciamento ocorreu durante uma ação itinerante realizada pelo Departamento de Polícia do Interior (DPI) na região. O objetivo foi dar andamento às investigações de crimes ocorridos nas comunidades ribeirinhas. Durante a ação foram realizadas 31 oitivas e mais de 40 intimações referentes a 54 procedimentos.
Imagens: Divulgação/PC
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